10 junho, 2015

"Como estás?" Ora, eu estou óptima! De consciência pesada, sem a cabeça conseguir levantar, pois todos aqueles olhares assustam-me e, assim, torna-se quase impossível eu olhar alguém nos olhos, porque, afinal, eu sinto-os a perfurarem-me o coração e a julgarem-me a alma. De estômago vazio eu caminho sem nada eu conseguir ingerir, porque de segundo em segundo ele lembra-se da tua paciência e da tua tolerância que deixava e esperava que eu comesse a meu tempo, coisa que agora não acontece, pois estás sempre numa correria incompreensível que me trespassa o intestino e o esmaga contra as minhas costelas. De coração apertado eu choro de lua a lua, de noite a noite, sendo esta a minha única maneira de eu conseguir dormir, visto que, quando o sol pára de me bater, assim o meu coração o acompanha, diminuindo cada vez mais de tamanho, entrelaçando-se então ao meu estômago que acaba por fazer a minha cabeça girar de desespero e talvez de ansiedade igualmente, para que eu possa sentir o coração bater de novo, num outro dia, numa outra oportunidade momentânea, somente e apenas para te ver a vir na minha direcção, sorrindo, dizendo que me amas. Sim, eu estou bem, no entanto eu torno-me inanimada sempre que te lembras de mim.

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