13 dezembro, 2015

Estou constantemente a escrever sobre amor, sobre relações, e sobre quedas menos bonitas que às vezes damos. Vejo tantos textos dedicados a amigas, e no outro dia pus a mão na consciência e pensei... Eu cresci com a Patrícia. Ligo-lhe às horas que forem preciso, e não há uma coisa que ela não saiba de mim. Sabe por quem choro, por quem arranho paredes. És a miúda mais bonita que já vi. Ninguém sabe o que guardas para dentro, eu sei. Nunca vou conseguir gostar de ninguém, que lhe tenha partido o coração. Foi a única amiga até hoje, que me puxava para ser ainda mais forte. Sempre foste a irmã que nunca tive. Confusa, instável e tão pouco segura de ti mesma. Enquanto eu sou boa pessoa demais, ela é pulso firme e com limites. Fico agradecida todos os dias por te teres cruzado no meu caminho. "Enquanto cá estiver, ninguém te magoa". E não magoam, não magoam porque depois aparecem mortos.
Foste a melhor pessoa que tive o prazer de conhecer. Uma mulher já, que sabe o quanto sou quebrada e instável ao mesmo tempo, e que me mete a mão à frente da cara sempre que vou chorar à frente de alguém, que não tem de ver do que sou feita. Que sabe para quem escrevo, por quem choro, e por quem tento cuspir os pulmões. Se a vida não me deu irmãs, então teve sempre a razão mais certa de todas. Tu.


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