06 janeiro, 2016
Caminhos
Pisei cada pedra naquela rua com a esperança que elas trouxessem os teus passos para junto dos meus. Caminhei sozinha a espera que aparecesses assim do nada. Olhava de relance para cada esquina, talvez aparecesses numa delas. De súbito tudo na minha caminhada mudou. Conformei-me de que não vinhas, que andava a ser iludida pelos sonhos e pelos desejos. Apeteceu-me chorar, nunca me tinha sentido tão sozinha. Procurei em mim a força interior, para que fizesse-me levantar a cabeça e terminar a caminhada. Os meus passos eram arrastados muito devagar. O meu corpo era comandado pela angústia da minha alma. Não consegui chegar ao fim, sentei-me no primeiro banco da rua e desisti de caminhar. Desculpa por ser cobarde, mas todos nós somos, pelo menos uma vez na vida. Sinto-me possuída pela minha fraqueza, quero chorar, quero fechar os olhos e sentir-te comigo, sentir que não te perdi para sempre!
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