22 janeiro, 2016

E quero que saibas que escrevi todos os dias que te amei, não copiei nem colei. Mas tu nunca me amaste, nem de perto nem de longe, da mesma forma que eu o fiz. Se a nossa história de amor fosse contada, era o fim de um dia feio, em que tudo à volta continua o seu percurso natural, menos eu. E tu nem me vês, mas a rapariga que está sentada no sítio onde a deixaste, sou eu. Sim estou diferente. O tempo passou.. está claro, as feridas de certa forma arranjaram forma de se cicatrizar, mas a parte de mim que morreu, eu nunca mais a encontrei. O que há de errado connosco, para deixarmos alguém levar tanto de nós? Os anos passam e eu ainda me ponho à janela, na esperança que sejas tu a chegar no fim da rua em que viraste costas. Envelheci tanto nestes últimos anos, que já não sei quem sou. Fui ao funeral de mim mesma, matei-a e enterrei-a. E quando volto para vê-la, são só memórias. Se tivéssemos uma lápide, diria "Matou-se enquanto morria pela história de amor que nunca viveu".
Eu amei-te tanto. E o tanto talvez tenha sido demais, mas foi a única forma que soube de te amar.

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