29 setembro, 2016
Eu conheci um rapaz. Era bonito, era alto, não acreditava na moda das tatuagens nem das saídas à noite. Dizia-me que as traições eram para os fracos, dava-se bem com as ex-namoradas e tinha um sorriso engraçado. E eu menti-lhe, mostrei o que quase todos queriam ver, disse que nunca me tinha apaixonado por ninguém. Mesmo que por instantes e numa fracção de segundo, me tivesse passado um rosto na cabeça. Tu sabes o quanto os homens gostam de ouvir que nunca encontrámos o amor verdadeiro. Então bloqueei o menos certo, e aceitei o errado como meu. Fiz de conta que estava apaixonada. E por instantes, vi esperanças numa pessoa que não me dizia nada. Não soube da quantidade de vezes que saí à noite para tentar encontrar, os pedaços de mim que perdi quando me apaixonei. Não imaginou que os arranhões nas paredes da casa, fossem de dias menos bons em que tentei tirar cheiros antigos.
Ingénuo dizia "gosto tanto de ti."
"Eu também gosto muito de ti", enquanto te via a cara atrás da sombra de uma pessoa, que nunca vi na realidade. E de todos os que vieram e passaram, sem me lembrar sequer da voz ou do segundo nome, foram todos para tentar tapar o vazio que ficou em mim. Uns ouviam o mesmo estilo de música. Outros tinham a voz parecida. Outros diziam merda. Outros eram só simpáticos. Conheci-os a todos, e fiz de conta que me perdi deles no caminho de volta a casa. Estou-me a tornar naquele tipo de mulher, que procura metades do homem que quero, nos meios homens que acham que me vou apaixonar. Mas este, dei-lhe o beneficio da dúvida. Era tão dentro dele, e tão fora de mim, que achei que se tentasse muito, um dia iria querer andar de mão dada. Fiz tanta força para me apaixonar, que me apaixonei ainda mais por quem já estava apaixonada.
Desculpem, conheci um bom rapaz. Mas ainda continuo apaixonada por outro.
Ingénuo dizia "gosto tanto de ti."
"Eu também gosto muito de ti", enquanto te via a cara atrás da sombra de uma pessoa, que nunca vi na realidade. E de todos os que vieram e passaram, sem me lembrar sequer da voz ou do segundo nome, foram todos para tentar tapar o vazio que ficou em mim. Uns ouviam o mesmo estilo de música. Outros tinham a voz parecida. Outros diziam merda. Outros eram só simpáticos. Conheci-os a todos, e fiz de conta que me perdi deles no caminho de volta a casa. Estou-me a tornar naquele tipo de mulher, que procura metades do homem que quero, nos meios homens que acham que me vou apaixonar. Mas este, dei-lhe o beneficio da dúvida. Era tão dentro dele, e tão fora de mim, que achei que se tentasse muito, um dia iria querer andar de mão dada. Fiz tanta força para me apaixonar, que me apaixonei ainda mais por quem já estava apaixonada.
Desculpem, conheci um bom rapaz. Mas ainda continuo apaixonada por outro.
Subscrever:
Mensagens (Atom)