Quando vens e chegas de mansinho, como quem não quer nada, é onde mora o perigo. Eu sei que os teus braços vão acabar por ficar enrolados aos meus. Sei qual é o gosto da tua pele macia quando eu passo a língua no pescoço, e tu arrepias por inteiro. Sei que vamos acabar por nos envolver e, como de costume, vou acabar por apanhar os cacos sozinha. Não quero mais. Para mim já deu.
Como um viciado que pára de usar a droga de uma hora para outra, vai fazer falta. Falta do teu sorriso, do cheiro e do beijo. Das palhaçadas que nem tinham tanta graça, que riamos para aumentar o teu ego. Vou sentir falta do arrepio na espinha todas as vezes que eu te via em alguma festa. Mas vou sair viva disto tudo, vai ser difícil no começo. quando começar a pensar em ligar-te e vomitar horrores. Mas como eu disse, o teu amor é droga e já chega desta droga.
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