13 março, 2015

Digo-te que somos só amigos, tenho este medo gigante que não fiques, que não sintas, que não dês, que não me digas nada, ou que digas logo tudo, e que esse tudo seja um quase nada. Tenho medo de dar-te esta verdade pura e sentida, esta mistura gélida a ferver de amor e medo, sem que a possa só enterrar dentro de mim. Desfazê-la dentro de mim. Ou guardá-la num armário isolado, como se faz com os pratos favoritos. De entregar-te de bandeja todos estes sentimentos que não pediste, e que te recuses a pagar a despesa que é amar-me sem prazo de validade, que é curar-me sem receber nada em troca.

Sem comentários:

Enviar um comentário