29 março, 2016
Um ambiente frio e depressivo encerra-se sobre o meu espírito. A chuva que cai escorre pela janela em silêncio, e os meus olhos, vidrados no lento movimento de cada gota, ardem de sofrimento. Sinto claramente no peito o meu pensamento. Projectam-se na minha mente macabros tormentos que não são mais que o reflexo da minha realidade. Pressinto o evaporar do meu juízo, deixando-me oca e vazia, pronta para enlouquecer. Vou baloiçando para a frente e para trás, perturbada com o meu desgosto. Pesa-me em cada parte do meu corpo o amargo desprezo por esta gente que vagueia neste mundo. O meu estômago revolta-se perante tanto cinismo e hipocrisia, causando-me dolorosas náuseas. Já não tenho a paciência de outrora e a minha esperança desvaneceu-se. Perdi a razão e isolei-me de tudo, apenas resta eu e este abismo que se estende do outro lado deste vidro encharcado pela chuva.
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