31 outubro, 2016
Posso dizer que és diferente de todos os filhos da p*** que por aí andam espalhados, mas vamos a ver e não és. Tens as mesmas manhas, o mesmo estilo de cabelo rapado nos lados. Tão igual a eles que me dá vómitos. Sempre pensei que me fosse apaixonar por um diferente de todo o mundo, um com os olhos mais claros ou com uma maneira de pensar anormal. Não há nada em ti que me faça pensar " Ah, cá está, é isto que me faz gostar dele." Nada. Digo-te na cara que te odeio, olhas para mim e sabes que me tens na mão. Tens o mundo a teus pés e não queres saber, tens-me a teus pés e é-te indiferente. Não tens asas e voas, isso não é permitido, mas tu teimas em desafiar as leis do impossível. És um cão sem dono, um daqueles que nem sequer precisa de ter um dono. Um cão solitário abandonado no meio da praça. És igual aos milhões de cães perdidos no meio das praças. E és no entanto, o único cão da praça em quem eu gostaria de fazer uma festinha.
Repito várias vezes o momento na cabeça, acrescento, retiro, e divago sobre o que poderá acontecer. Pondero o sítio, o momento e a probabilidade. Mas a questão fundamental no meio de todos as minhas perguntas é: Quando é que os nossos olhares se irão cruzar novamente? Invisto neste assunto e pondero imensos cenários, um deles, que se calhar é o mais provável, que é o de não nos vermos outra vez. É algo que tenho de aceitar. Somos de vidas diferentes, e mesmo que tomemos decisões em comum, podemos nunca nos voltar a ver. Até podemos estar no mesmo café, exactamente à mesma hora, mas eu levanto-me para ir à casa de banho e nesse momento vais ao balcão, compras um bebida e vais-te embora. Nunca saberei que lá estiveste, nunca saberei o quanto próxima estive de voltar a olhar nos teus olhos âmbar. Mas também podia acontecer a casa de banho estar ocupada, voltar para a mesa e esbarrar contra ti. E, mesmo aí, o destino não é assim realmente tão óbvio! Podias estar demasiado distraído, e eu também, com a cabeça noutro sítio, pedir desculpa e avançar para o meu grupo de amigos, sem reparar em ti. Ou então, podíamos ficar ali parados e do nada uma rapariga saltar nas tuas costas e tu dizeres-me que é a tua namorada. Entraria em choque e nada de jeito sairia da minha boca, eu conheço-me. Talvez na altura nem me afecte tanto, talvez na altura até fique feliz por ti, por teres encontrado alguém que te preencha o coração como nunca fiz.
No entanto, também pode acontecer daqui a muitos anos, cruzarmos-nos e reconhecer-nos. Trocar umas palavras por mera simpatia e depois avançar a nossa vida completamente oposta. Contudo, também pode não acontecer nada disso. Podes decidir voltar a falar comigo, algo que sei que não vou negar. Podemos ver que não temos mais nada em comum e afastar-nos, por ser tudo demasiado estranho. Ou então, podemos virar amigos, partilhar pequenas partes da nossa vida. Assim, chego à conclusão que isto é tudo uma bola de neve, que consoante o momento certo ou não, vai arrastando a minha vida com ela. Quando estava contigo, sabia em parte que isso iria fazer parte do meu quotidiano. Agora já não. Já perdi amizades que me pareciam eternas, já deixei de frequentar sítios que eram como a minha segunda casa, e agora perdi-te a ti. Ou seja, neste momento acho que tudo pode acontecer. Como apareceres à porta da minha casa, ou encontrar-te em sítios que nunca imaginarei ou na pior das hipóteses é nunca mais te ver, e simplesmente restarem as memórias que se vão apagando. Mas apesar disso tudo, pela primeira vez em anos consigo dizer que acredito no impossível, mesmo com todo este nevoeiro assustador diante de mim. Acredito em mim, e sei que não vale a pena estar a divagar, o que acontecer eu aceitarei. Conscientemente entrego todo o meu corpo à bela corrente da vida, e tudo graças à nossa separação. Obrigada.
No entanto, também pode acontecer daqui a muitos anos, cruzarmos-nos e reconhecer-nos. Trocar umas palavras por mera simpatia e depois avançar a nossa vida completamente oposta. Contudo, também pode não acontecer nada disso. Podes decidir voltar a falar comigo, algo que sei que não vou negar. Podemos ver que não temos mais nada em comum e afastar-nos, por ser tudo demasiado estranho. Ou então, podemos virar amigos, partilhar pequenas partes da nossa vida. Assim, chego à conclusão que isto é tudo uma bola de neve, que consoante o momento certo ou não, vai arrastando a minha vida com ela. Quando estava contigo, sabia em parte que isso iria fazer parte do meu quotidiano. Agora já não. Já perdi amizades que me pareciam eternas, já deixei de frequentar sítios que eram como a minha segunda casa, e agora perdi-te a ti. Ou seja, neste momento acho que tudo pode acontecer. Como apareceres à porta da minha casa, ou encontrar-te em sítios que nunca imaginarei ou na pior das hipóteses é nunca mais te ver, e simplesmente restarem as memórias que se vão apagando. Mas apesar disso tudo, pela primeira vez em anos consigo dizer que acredito no impossível, mesmo com todo este nevoeiro assustador diante de mim. Acredito em mim, e sei que não vale a pena estar a divagar, o que acontecer eu aceitarei. Conscientemente entrego todo o meu corpo à bela corrente da vida, e tudo graças à nossa separação. Obrigada.
Não te passa pela cabeça o quanto tens feito falta. Não te passa pela cabeça o valor que tinham aquelas conversas onde estava tudo exposto. Não te passa pela cabeça o quanto sinto falta de libertar tudo o que mexia comigo. Não te passa pela cabeça que foste a única pessoa com quem o consegui fazer, com quem consegui expor a mente, a dor, a mágoa, a revolta. Não te passa pela cabeça o número de vezes em que nos imagino sentados naquele lugar. Não te passa pela cabeça o número de vezes que não sei se receie ou queira cruzar-me contigo. Na verdade, eu quero e receio. Não te passa pela cabeça o que sinto ao ouvir aquela música. Sabes quantas vezes eu me sentei naquele lugar sozinha, com uma parte de mim a espera de outra mensagem como aquela? De que voltasses? Mas não voltaste, e eu não sei o que te vai pela cabeça quando ouves o meu nome. Eu não sei o que te passa pela cabeça quando te cruzas comigo. Eu não sei o que te passa pela cabeça e muito menos no coração. Não sei se estou lá presente, não sei se bem lá no fundo ainda existe aquele cantinho para mim. Não me passa pela cabeça voltar a sentir que não me deixavas para trás, porque na realidade, aquela parte de mim que esperava desapareceu. Aquele refúgio, aquele abraço, aquelas palavras certas. Já não espero por nada disso. Principalmente porque sei que não te passa pela cabeça, o que vagueia na minha.
30 outubro, 2016
Lembro-me de uma vez te ter mandado um daqueles textos sobre relações. Ironicamente, lembro-me também do que me disseste depois de leres. Disseste-me que me amavas e que nunca seriamos desses casais que desistem. Depois deixaste-me. Acabámos por ser aquilo que sempre me tinhas dito que nunca viríamos a ser.
Quando me deixaste de amar tudo aquilo que pensava que eras não passava de uma ilusão que estava camuflada pela vontade que tinhas de estar comigo. Quando passava por ti na rua, queria perguntar se todos aqueles textos ainda significavam aquilo que acreditavas. Pensava que te lembrarias sempre do amor em páginas meio-gastas mas foi o ódio que nelas se acumulou.
Li numa revista que só conhecemos alguém quando essa pessoa deixa de sentir algo por nós, só não estava escrito que também conhecemos partes de nós próprios quando quem amamos nos deixa de amar mas isso entendi pela vida. Leio muito, quase sempre tudo me faz lembrar de ti. Hoje li um final sonhador, dizia "para sempre". Recordei-me de nós, das unhas cravadas e os lábios inchados. Tens medo que exista algo em ti que não queres que haja. Agora só espero que tu te lembres daquilo que eras e acreditavas. Para mim, espero aprender que o amor mágoa mas não para sempre e que o ódio é desnecessário.
Quando me deixaste de amar tudo aquilo que pensava que eras não passava de uma ilusão que estava camuflada pela vontade que tinhas de estar comigo. Quando passava por ti na rua, queria perguntar se todos aqueles textos ainda significavam aquilo que acreditavas. Pensava que te lembrarias sempre do amor em páginas meio-gastas mas foi o ódio que nelas se acumulou.
Li numa revista que só conhecemos alguém quando essa pessoa deixa de sentir algo por nós, só não estava escrito que também conhecemos partes de nós próprios quando quem amamos nos deixa de amar mas isso entendi pela vida. Leio muito, quase sempre tudo me faz lembrar de ti. Hoje li um final sonhador, dizia "para sempre". Recordei-me de nós, das unhas cravadas e os lábios inchados. Tens medo que exista algo em ti que não queres que haja. Agora só espero que tu te lembres daquilo que eras e acreditavas. Para mim, espero aprender que o amor mágoa mas não para sempre e que o ódio é desnecessário.
Deixo-te a porta aberta, sei que não queres ficar e, por isso, peço-te que saias, rápido! Vai e faz-me um favor… Não voltes!
Quantas chances te dei, quantas lágrimas chorei, quanto amor gastei por alguém que não merecia nada. É verdade, não merecias e mesmo assim dei-te o melhor de mim. E tu? O que me dês-te tu? Mágoa e dor. Deixaste-me de rastos com um coração ferido. Que mais queres de mim? Vai embora! Vai e leva contigo essas juras e promessas. Estou cansada de ti! Amor que é amor, é por vontade e não por favor. Não aceito um sentimento forçado, ou é dado de livre vontade ou, então, prefiro não ter nada. Vai embora… Não venhas com mais desculpas, não digas que me amas, não me atormentes mais. Chega dos teus fingimentos. Por favor, vai-te embora…
Quantas chances te dei, quantas lágrimas chorei, quanto amor gastei por alguém que não merecia nada. É verdade, não merecias e mesmo assim dei-te o melhor de mim. E tu? O que me dês-te tu? Mágoa e dor. Deixaste-me de rastos com um coração ferido. Que mais queres de mim? Vai embora! Vai e leva contigo essas juras e promessas. Estou cansada de ti! Amor que é amor, é por vontade e não por favor. Não aceito um sentimento forçado, ou é dado de livre vontade ou, então, prefiro não ter nada. Vai embora… Não venhas com mais desculpas, não digas que me amas, não me atormentes mais. Chega dos teus fingimentos. Por favor, vai-te embora…
Subscrever:
Mensagens (Atom)