Se queres que te diga, não há dor. Não sinto. Noto um imenso vazio cá dentro, mas não dor. A tua falta atravessa o meu coração como uma facada repetida vezes e vezes sem conta, mas não dói. Está tudo muito calmo. Calmo até demais. E nos momentos mortos, és tu que invades os meus pensamentos. Porque é em nós que me apoio quando tudo está mal e é também por isso que está a custar tanto. O meu corpo não se habituou à ausência do teu toque, do teu abraço. À ausência da tua presença. Porque tudo está mal. Bastava-me apenas o teu beijo e a tua festa que me afagava o cabelo. E não imaginas o quanto espero por esse momento. Sei que agora vou dar valor a tudo o que tivemos e aos tempos em que até cansava ver-te todos os dias tantas horas. Agora vou conseguir valorizar tudo isso e garanto-te que não vai ser pouco. Entretanto quero apenas que isto entre na minha cabeça. Que deixe de ser tão complicado não te abraçar logo pela manhãzinha. E nunca te esqueças, que mesmo que o hábito se apodere de mim e não me permita sentir tanta falta, todos os dias de manhã, eu vou pensar em ti e desejar ter-te ao meu lado.
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