29 janeiro, 2016

Esquecendo as frases correctas, as deprimências, os filmes que pintamos na cabeça desde novas, as nossas ideologias e vontades, não existe o homem certo. Eu tenho feito o trabalho de casa, namorei durante muito tempo, oiço as histórias e às vezes até me dói os pés por me lembrar dos caminhos pelos quais já andei. Faz parte da vida? Sim! Nem sempre as coisas vão correr bem! É impossível arranjar alguém que seja "certo" para nós. Com isto não quero dizer que não vais encontrar alguém que se encaixe em ti, porque aí talvez, esteja o segredo das coisas. O amor, o verdadeiro, permite-te muito mais que ver falhas e tropeços normais da vida. Vês mais além, e a tua capacidade de amar torna-se numa coisa completamente diferente da que já foi. Queria lá eu saber, de homens impecavelmente correctos, cheios de palavras bonitas e promessas bem feitas, se não é ao meu lado que está quando preciso. Encontrei normalidade dentro de algo tão fora de mão. E não há mal nenhum nisso. A vida consegue ser horrível. Às vezes as coisas não dão certo. Chega de vestir armaduras e ir à guerra por algo que sabemos, e nós sabemos, que não vai dar certo.
A vida é mais, muito mais, que nos perdemos em situações que não conseguimos passar para o real. Nem todas nós, fomos feitas para termos relações perfeitas. Quem me dera conseguir falar comigo mesma há uns tempos atrás, mas já não consigo. Nós não nascemos para sermos só mulheres de alguém. Não temos que ser nós, a lutar por relações, de merda. Aceita que nem tudo o que nos contaram se vai tornar realidade. Aceita os erros dos outros, acaba por nos curar a nós mesmos. Não para seres alguém melhor, mas porque faz parte da vida. Se o teu ex-namorado era uma merda, vê que também foste o mesmo para outras pessoas. Se te apaixonaste pela pessoa errada, pensa que talvez, a certa esteja ao teu lado. E se não estiver, o mundo é tão grande, que não vale a pena chorar por isso. A vida consegue nos surpreender, se pararmos de achar que as respostas estão todas em nós. Dá de ti a quem achas que devas dar, e mesmo que seja um erro, bem... Pelo menos tens bagagem em ti mesma.

26 janeiro, 2016

Fantasmas

Quando pensamos que tudo está a melhorar, vêm aqueles fantasmas que nos deitam abaixo, assim como todas as hipóteses de darmos por construído o nosso final. Apercebemos-nos que é tempo para investir noutros materiais, e deitar fora os que já se sentem gastos. Damos conta que tudo, onde tínhamos depositado toda a força e energia, se apagou, como um sinal de não estar correcto. Perguntamos-nos a nós próprios, mas afinal, porquê agora? porque não conseguimos dar o próximo passo, e provar a toda a gente que conseguimos fazer uma coisa até ao fim? esses fantasmas são os nossos maiores amigos, porque nos ajudam a marcar o que realmente é importante para nós, e quando os atravessamos, é a melhor sensação do mundo.

24 janeiro, 2016

Não sei gostar de ti. Não sei olhar-te nos olhos sem os desviar passado segundos. Não sei dar-te a mão quando a tentas entrelaçar na minha. Não sei ser espontânea contigo. Não sei proferir versos quando me pedes que o faça. Não sei misturar a voz com a tua. Não sei quando devo estar contigo. Não sei quando me queres do teu lado. Mas só gosto de ti. Porquê? Não sei. Estou bem assim. E tu também.
A vida é como um navio. Percorre um longo percurso e em cada paragem, novas pessoas, situações, problemas e alegrias, entram e saem. Imensas experiências se passaram. E como "tudo o que vai, volta" tu voltaste. Aos poucos, fomos voltando ao que éramos. Mais que conhecidos. Amigos. Por entre piadas e frases sérias, tudo se compôs. Uma indirecta aqui, outra ali. Aparentávamos ser o oposto um do outro e a verdade, é que existiam duas terceiras pessoas na história. Mas elas também se foram. E nós seguimos. Dia após dia, semana após semana, mês após mês. Até ano após ano. Contra tudo e contra todos. E a nosso favor. Como quem não quer a coisa, dois anos se passaram. Mais um meses por aí. E agora meu amor? Voltaram a tirar-te do meu navio. Dói quando relembro que já cá não estás. Porque tu continuas comigo, mas relembro cada momento, como "Se o estivesse aqui" e, ainda que me orgulhe de tudo o que conto, bate forte cá dentro saber que não se vai repetir nada.

22 janeiro, 2016

E quero que saibas que escrevi todos os dias que te amei, não copiei nem colei. Mas tu nunca me amaste, nem de perto nem de longe, da mesma forma que eu o fiz. Se a nossa história de amor fosse contada, era o fim de um dia feio, em que tudo à volta continua o seu percurso natural, menos eu. E tu nem me vês, mas a rapariga que está sentada no sítio onde a deixaste, sou eu. Sim estou diferente. O tempo passou.. está claro, as feridas de certa forma arranjaram forma de se cicatrizar, mas a parte de mim que morreu, eu nunca mais a encontrei. O que há de errado connosco, para deixarmos alguém levar tanto de nós? Os anos passam e eu ainda me ponho à janela, na esperança que sejas tu a chegar no fim da rua em que viraste costas. Envelheci tanto nestes últimos anos, que já não sei quem sou. Fui ao funeral de mim mesma, matei-a e enterrei-a. E quando volto para vê-la, são só memórias. Se tivéssemos uma lápide, diria "Matou-se enquanto morria pela história de amor que nunca viveu".
Eu amei-te tanto. E o tanto talvez tenha sido demais, mas foi a única forma que soube de te amar.

19 janeiro, 2016

As coisas mudaram, desististe de mim, mandaste-me seguir com a minha vida, arranjaste alguém para o meu lugar e disseste que estavas feliz, por isso agora não me peças para voltar, porque isso não vai acontecer, as tuas conversas decoradas a mim já não colam.  Eu fui e não volto mais entende isso.

Hoje, não quero apaixonar-me por ti. Não quero sentir borboletas na barriga nem o espírito preso a alguém como tu. Não quero afixar os meus olhos, nem sorrir para ti. Não quero chorar por ti. Não quero chegar a casa e ter vontades súbitas de te enviar mensagens. Não quero escrever para ti. Não quero ler conversas antigas, nem observar fotografias do passado. Não quero associar-te a musicas. Não quero esperar por ti ao fim do dia. Não quero pensar em ti, nem no teu maldito feitio. Hoje, não quero saber de ti.

Amar por completo

Quando se ama, naquele exacto segundo em que se ama, tem de se acreditar que é para sempre. Mais: tem de se ter a certeza de que é para sempre. Amar, mesmo que por segundos, mesmo que por instantes, é para sempre. E é isso, essa sensação de segundos ou de minutos ou de dias ou de horas ou de anos ou meses, que é para sempre. Ama. Ama por inteiro. Ama sem nada pelo meio. Ama, ama, ama, ama. Ama. Porque é só por aquilo que te faz perder a respiração que vale a pena respirar.

08 janeiro, 2016

Sabes, eu normalmente acabo a chorar, acabo sempre de uma forma triste. Acabo a secar a almofada, que fica como uma desconhecida, apenas com as vagas memórias das histórias perdidas que se vão desenvolvendo para além dos sonhos, dos tais sonhos que me dão esperanças. Há-de sempre existir as tais histórias com futuros incertos, mas todo o destino é moldado, por isso há que viver o presente com a máxima força e pensar que amanhã será um novo dia, uma nova esperança a cresçer, uma esperança na realidade e não nos sonhos.

Desculpa-me

E sabes aquele para sempre que idealizamos para nós? Para nós os dois? O que iriamos tentar que durasse anos? Já não existe. Não entre e para nós. Esse «para sempre» ficou em stand-by. Ficou reservado para ti e outra pessoa que não eu. Afinal de contas, é a tua felicidade que importa. Porque eu já tenho a minha. Não completa, mas tenho.
Eu não sou uma miúda fácil. Tu próprio o disseste. Tu próprio o sabia. Eu imaginei, mas nunca pensei que acontecesse mesmo. E é isso que acontece com toda a gente. Imaginam, mas nunca pensam que vai mesmo acontecer. Mas acontece.
E com isto, termino a dizer que sou uma fraca. Uma fraca que não faz o que jura fazer.
Bem, não queria que fosse assim, com um aperto no coração que, a todos os momentos que te imagino ou que te vejo se apaixona. És alguém tão puro, que me mostra as melhores virtudes da vida, os melhores sorrisos, as melhores lágrimas. É complicado desfazer-me deste amor físico, deste amor que se prolonga mas que já partiu. Desculpa por todas as parvoíces que disse, por todas as vezes que querias jogar FIFA e eu queria ver filmes, por todas as noites que adormecia primeiro, por todos os jantares românticos que eras tu que fazias porque o cozinheiro eras tu, por todas as idealizações que nos levavam a debates e que tu sempre ganhavas. O nosso fim chegou, porque a vida tem destas coisas, porque a vida é mais bonita assim. Eu sei bem que podia continuar aqui a escrever-te, a relembrar-nos, a amar-te, mas a fraqueza aumenta. A minha caminhada está a terminar. Não te preocupes, eu estou bem e feliz. Não queimes as nossas fotos, guarda tudo o que é nosso, cumpre os teus sonhos, sê feliz e encontra outra pessoa que te ame tanto como eu. Sem mais nada, da tua pior dor de cabeça.

06 janeiro, 2016

Caminhos

Pisei cada pedra naquela rua com a esperança que elas trouxessem os teus passos para junto dos meus. Caminhei sozinha a espera que aparecesses assim do nada. Olhava de relance para cada esquina, talvez aparecesses numa delas. De súbito tudo na minha caminhada mudou. Conformei-me de que não vinhas, que andava a ser iludida pelos sonhos e pelos desejos. Apeteceu-me chorar, nunca me tinha sentido tão sozinha. Procurei em mim a força interior, para que fizesse-me levantar a cabeça e terminar a caminhada. Os meus passos eram arrastados muito devagar. O meu corpo era comandado pela angústia da minha alma. Não consegui chegar ao fim, sentei-me no primeiro banco da rua e desisti de caminhar. Desculpa por ser cobarde, mas todos nós somos, pelo menos uma vez na vida. Sinto-me possuída pela minha fraqueza, quero chorar, quero fechar os olhos e sentir-te comigo, sentir que não te perdi para sempre!

Dava tudo...

Dava tudo para ver a tua cara de otário ao entender que tudo o que escrevo é direccionado a ti. Dava tudo para perceberes que escrevi a nossa história sem nunca te ter mencionado. E então se sonhasses que tudo o que eu escrevo, e que tanto te irrita, são partes da nossa história espalhadas por blogs… São pedaços de nós! É a nossa vida que anda por aí espalhada, todos os textos que escrevo são nossos! Todos que os lêem se identificam, menos tu, claro, que nem sonhas que a nossa história de amor anda por aí a conquistar o mundo dos outros. É triste, eu sei, mas é a pura e dura realidade. Conquistámos pessoas, conquistámos corações, conquistámos uma nova vida. Mas, sem nos apercebermos destruímos a nossa vida. Era tudo tão bom, tudo tão fantástico! Acredita, descongelámos os corações mais duros e derretemos os mais moles! Conseguimos! Atingimos os sonhos dos outros! E os nossos? Por onde ficaram perdidos os nossos sonhos? Esses, andam por aí perdidos à procura de um novo rumo. Andam à espera que um outro sonhador, em qualquer parte, os encontre, os agarre e conquiste como nós não conseguimos. Nós desistimos, nós nunca tivemos a força de que precisámos, sempre nos deixámos enrolar pelos sonhos dos outros e, infelizmente, perdemo-nos. Tivemos o papel principal, mas perdemo-nos dentro desta teia de protagonismo. Acredito que tão breve não nos vamos reencontrar… Vamos continuar perdidos! Perdidos nos sonhos dos outros!

03 janeiro, 2016

Amor...

Amor não é flores, é molhar-me enquanto te protejo da chuva. Amor não é anéis, é tomar conta de ti quando estás doente. Amor não é poemas, é sorrir quando te vejo. Amor não é promessas, é amar-te todos os dias. O amor não se prova no altar, mas nos buracos da vida. Sejam felizes!
Passaram dias. Passaram meses. E quem disser que o tempo faz esquecer, engana-se. Vivemos na ilusão que haverá sempre outra oportunidade, que haverá uma nova chance para fazer os erros virarem certezas. Vivemos na expectativa que após um "adeus" esteja um "até breve" mesmo que se tenha dado mais que uma oportunidade. Mas quando é que se sabe que é a ultima? Quando os erros ultrapassam os sorrisos? Quando não há amor capaz de preencher os espaços de mágoa? Mas e o que fazer, quando há amor que é capaz de preencher todos os espaços que alguém deixou em branco após uma despedida? O que fazer quando mesmo depois de ter sido dado um passo atrás, se quer saltar para os braços de alguém? Os dias passam, os meses passam. E todo este espaço de dias, por vezes, me leva a crer que tu já não existes. Que não tenho saudades tuas ou que as tuas palavras ausentes já não mostram qualquer importância. Desculpa-me se às vezes parece que te esqueci, mas desculpa-me principalmente se às vezes ainda te lembro tanto. "É tudo uma questão de dias". Ou oportunidades, dizem eles. Talvez tenham razão, talvez haja um dia para nos esquecermos. Talvez haja uma oportunidade certa. Ainda te vejo aqui, mesmo que te tenha mandado embora da minha vida. Ainda te sinto aqui, mesmo que tenha pedido para nunca mais me tocares. Ainda há recuo nas nossas palavras, espaço entre os movimentos. Ainda há risos em simultâneo, silêncios constrangedores ou palavras sem qualquer pronuncia. O que fazer, quando os dias deram lugar a meses, e ainda dou por mim a escrever-te com "ainda"?