20 novembro, 2016
O fim próximo...
Não sei mais quem tu és. Olho-te nos olhos e vejo tudo aquilo eu e tu somos, todo o amor que, supostamente nutre. No entanto, olho para ela e pergunto-me se ela não tem razão, se não passas de um engatatão debaixo da minha confiança cega. Afinal eu sempre sabia. Tu mexes comigo, inconscientemente ou não, mas tu és um sonho que não se esquece, um tesouro que uma vez que tenho nas mãos, nunca mais quero perder a sensação de como é agarrar-te na mão, beijar-te nos lábios e nas bochechas e testa em simultâneo, abraçar-te com força e ficar com o teu cheiro... enfim, amar-te. Não sei mais o que sentes, e isso corrói por dentro, por saber que o fim até pode estar perto e, neste momento, não podia ser altura mais crítica para ficar sem ti.
Desisti mas desejo-te o melhor.
Afinal desisti. Parece que fui demasiado fraca para aguentar a pressão.. Ou então demasiado forte, porque soube reconhecer o momento final e tive coragem para seguir em frente. Ou.. Ou fui apenas eu, cada vez mais longe de ti. O que é certo é que acabei por desistir de algo pelo qual tanto lutei e deveria sentir-me a pior pessoa do mundo. Mas não senti. Eu estava a escolher o melhor caminho para os dois e ambos sabíamos disso, mesmo que com a mágoa tenham sido ditas palavras que contrariassem isso. Não acreditei que conseguisse levar esta decisão para a frente, acabei por me surpreender. Tinha o coração tão apertado e estava presa a ti de tal maneira que a nossa separação foi como que uma bolha de oxigénio. E não, não me arrependo. Tenho a certeza que esse dia ia chegar de qualquer forma, fosse ontem, amanhã ou daqui a uns meses. Tudo tem um fim e o nosso já ameaçava estar próximo. No entanto, agora que vou remexer em coisas antigas, encontro conversas nossas e ainda consigo sentir o grande amor que nos unia - "(...) era único, os melhores amigos" - disseram-me. Ainda é. Um primeiro amor não se esquece e o nosso continua presente, no nosso interior, bem escondido, para um dia ser relembrado com saudade e carinho. Até lá, temos uma vida inteira pela frente. Temos carradas de momentos para viver, inúmeras pessoas por quem distribuir o imenso amor que cada um de nós consegue suportar e muitas oportunidades para encontrarmos alguém que cuide do nosso coração. Quer dizer... Quem sabe eu já não encontrei essa pessoa (espero mesmo que sim). E tu? Quero que encontres alguém que cuide de ti (porque tu precisas), que sejas feliz. Tu mereces.
Descobertas...
O tempo passa, amei-te como nunca voltarei a amar ninguém, com a minha falta de maturidade, com as hormonas as saltos e com um sorriso patético e lágrimas no rosto. Lembro-me de ti nas conversas de café e numa fotografia que guardo numa gaveta que ninguém mexe para não vir o passado ao de cima de novo. Já chegaram os mais de 365 dias que te amei para andar agora a reviver-te em pequenas partes da pessoa que sou sem ti, uma pessoa nova e sã. Amar-te destruía a minha sanidade e a necessidade que tive durante meses de esquecer-te, enlouqueceu-me ao ponto de ainda hoje chorar quando recordo. Conheci muitas pessoas, histórias de vida e olho para o mundo de forma diferente e bem lá no fundo gostava que ainda aqui estivesses, como ouvinte para te contar tudo aquilo que acredito agora. Não sei bem o que te diria, deixei de encenar discursos desde há muito mas imagino a tua cara de surpreendido por tudo que me tornei. Estou mais forte e mais fraca simultaneamente, não sei como te explicar nem explicar a ninguém o que sinto. Sei que odeias as palavras, as estrofes, tudo o que nos faz renascer tanto tempo depois mas a beleza disso é tão bonita, é metafórica e eterna.
Nunca conseguimos acabar com tudo, tínhamos a aptidão auto-destrutiva de reatarmos, de nos beijarmos e nos contactarmos mesmo que não me amasses, como tu afirmavas. O mundo ofereceu-nos a vantagem de largarmos tudo, deixarmos cair por terra memórias e possibilidades de recomeço e nós agarrámos-la, tal como nos devíamos ter agarrado no dia em que, em lágrimas, dizíamos que não havia modo algum de estarmos lado a lado. Apaixonámos-nos, talvez não tão perdidamente, porque ambos temos cicatrizes tão profundas que nos assustam quando pensamos em relacionamentos.
Deixámos de gostar de amar mas amámos outras pessoas, beijámos corpos na procura do que já não podíamos ter juntos e gritámos em plenos pulmões o ódio que há entre nós. Odeio-te por teres feito o que me fizeste e por teres deixado de querer o mesmo que eu - tu também me odeias por isso.
Depois de tudo isto vem as comparações, a necessidade que o nosso cérebro tem de nos dizer que fomos melhor que aquilo que temos com alguém ou que o que temos actualmente tem uma valorização maior do que algo que alguma vez tivemos. Tento resistir às tuas passagens ocasionais quando penso no que sinto mas tu sempre apareces. Acredito, que foste o amor da minha vida até agora mas que provavelmente não o serás para sempre, assim como agora já não és o homem que mais amei. Marcaste-me mais com as recaídas, pelo amor desvalorizado, pelo tempo que não tivemos mas que devíamos ter tido, pelos desgostos e desilusão. Agora só nos resta que o tempo passe, que as canetas se cansem de ti e que o título que a ti te dou, alguém te tire por boas razões, agora apenas basta andar de cabeça erguida, de mão dada com o melhor presente que o presente me poderia ter oferecido, ele que não te conhece mas te inveja, ele que não sabe o teu nome de cor mas beija a pele que um dia deixaste de amar.
Sei que te achas o herói da história, o que sagra a vitória com louros mas a vitória está em mim, por me ter levantado infinitamente, por ter sabido sair a tempo de camas de que não amava e por ter a certeza que te tinha deixado de amar.
Chegará o tempo de assinar o meu nome mas eu sei, que nesta altura já saberás quem escreveu e por isso sorrio e tu te enervas, pela impossibilidade de absolvermos o passado que tivemos, os pontos que conhecemos um do outro e tudo aquilo que partilhámos. Aqui vai este texto, não para ti que sabes o meu nome mas para os outros todos que não sabem o teu.
Nunca conseguimos acabar com tudo, tínhamos a aptidão auto-destrutiva de reatarmos, de nos beijarmos e nos contactarmos mesmo que não me amasses, como tu afirmavas. O mundo ofereceu-nos a vantagem de largarmos tudo, deixarmos cair por terra memórias e possibilidades de recomeço e nós agarrámos-la, tal como nos devíamos ter agarrado no dia em que, em lágrimas, dizíamos que não havia modo algum de estarmos lado a lado. Apaixonámos-nos, talvez não tão perdidamente, porque ambos temos cicatrizes tão profundas que nos assustam quando pensamos em relacionamentos.
Deixámos de gostar de amar mas amámos outras pessoas, beijámos corpos na procura do que já não podíamos ter juntos e gritámos em plenos pulmões o ódio que há entre nós. Odeio-te por teres feito o que me fizeste e por teres deixado de querer o mesmo que eu - tu também me odeias por isso.
Depois de tudo isto vem as comparações, a necessidade que o nosso cérebro tem de nos dizer que fomos melhor que aquilo que temos com alguém ou que o que temos actualmente tem uma valorização maior do que algo que alguma vez tivemos. Tento resistir às tuas passagens ocasionais quando penso no que sinto mas tu sempre apareces. Acredito, que foste o amor da minha vida até agora mas que provavelmente não o serás para sempre, assim como agora já não és o homem que mais amei. Marcaste-me mais com as recaídas, pelo amor desvalorizado, pelo tempo que não tivemos mas que devíamos ter tido, pelos desgostos e desilusão. Agora só nos resta que o tempo passe, que as canetas se cansem de ti e que o título que a ti te dou, alguém te tire por boas razões, agora apenas basta andar de cabeça erguida, de mão dada com o melhor presente que o presente me poderia ter oferecido, ele que não te conhece mas te inveja, ele que não sabe o teu nome de cor mas beija a pele que um dia deixaste de amar.
Sei que te achas o herói da história, o que sagra a vitória com louros mas a vitória está em mim, por me ter levantado infinitamente, por ter sabido sair a tempo de camas de que não amava e por ter a certeza que te tinha deixado de amar.
Chegará o tempo de assinar o meu nome mas eu sei, que nesta altura já saberás quem escreveu e por isso sorrio e tu te enervas, pela impossibilidade de absolvermos o passado que tivemos, os pontos que conhecemos um do outro e tudo aquilo que partilhámos. Aqui vai este texto, não para ti que sabes o meu nome mas para os outros todos que não sabem o teu.
31 outubro, 2016
Posso dizer que és diferente de todos os filhos da p*** que por aí andam espalhados, mas vamos a ver e não és. Tens as mesmas manhas, o mesmo estilo de cabelo rapado nos lados. Tão igual a eles que me dá vómitos. Sempre pensei que me fosse apaixonar por um diferente de todo o mundo, um com os olhos mais claros ou com uma maneira de pensar anormal. Não há nada em ti que me faça pensar " Ah, cá está, é isto que me faz gostar dele." Nada. Digo-te na cara que te odeio, olhas para mim e sabes que me tens na mão. Tens o mundo a teus pés e não queres saber, tens-me a teus pés e é-te indiferente. Não tens asas e voas, isso não é permitido, mas tu teimas em desafiar as leis do impossível. És um cão sem dono, um daqueles que nem sequer precisa de ter um dono. Um cão solitário abandonado no meio da praça. És igual aos milhões de cães perdidos no meio das praças. E és no entanto, o único cão da praça em quem eu gostaria de fazer uma festinha.
Repito várias vezes o momento na cabeça, acrescento, retiro, e divago sobre o que poderá acontecer. Pondero o sítio, o momento e a probabilidade. Mas a questão fundamental no meio de todos as minhas perguntas é: Quando é que os nossos olhares se irão cruzar novamente? Invisto neste assunto e pondero imensos cenários, um deles, que se calhar é o mais provável, que é o de não nos vermos outra vez. É algo que tenho de aceitar. Somos de vidas diferentes, e mesmo que tomemos decisões em comum, podemos nunca nos voltar a ver. Até podemos estar no mesmo café, exactamente à mesma hora, mas eu levanto-me para ir à casa de banho e nesse momento vais ao balcão, compras um bebida e vais-te embora. Nunca saberei que lá estiveste, nunca saberei o quanto próxima estive de voltar a olhar nos teus olhos âmbar. Mas também podia acontecer a casa de banho estar ocupada, voltar para a mesa e esbarrar contra ti. E, mesmo aí, o destino não é assim realmente tão óbvio! Podias estar demasiado distraído, e eu também, com a cabeça noutro sítio, pedir desculpa e avançar para o meu grupo de amigos, sem reparar em ti. Ou então, podíamos ficar ali parados e do nada uma rapariga saltar nas tuas costas e tu dizeres-me que é a tua namorada. Entraria em choque e nada de jeito sairia da minha boca, eu conheço-me. Talvez na altura nem me afecte tanto, talvez na altura até fique feliz por ti, por teres encontrado alguém que te preencha o coração como nunca fiz.
No entanto, também pode acontecer daqui a muitos anos, cruzarmos-nos e reconhecer-nos. Trocar umas palavras por mera simpatia e depois avançar a nossa vida completamente oposta. Contudo, também pode não acontecer nada disso. Podes decidir voltar a falar comigo, algo que sei que não vou negar. Podemos ver que não temos mais nada em comum e afastar-nos, por ser tudo demasiado estranho. Ou então, podemos virar amigos, partilhar pequenas partes da nossa vida. Assim, chego à conclusão que isto é tudo uma bola de neve, que consoante o momento certo ou não, vai arrastando a minha vida com ela. Quando estava contigo, sabia em parte que isso iria fazer parte do meu quotidiano. Agora já não. Já perdi amizades que me pareciam eternas, já deixei de frequentar sítios que eram como a minha segunda casa, e agora perdi-te a ti. Ou seja, neste momento acho que tudo pode acontecer. Como apareceres à porta da minha casa, ou encontrar-te em sítios que nunca imaginarei ou na pior das hipóteses é nunca mais te ver, e simplesmente restarem as memórias que se vão apagando. Mas apesar disso tudo, pela primeira vez em anos consigo dizer que acredito no impossível, mesmo com todo este nevoeiro assustador diante de mim. Acredito em mim, e sei que não vale a pena estar a divagar, o que acontecer eu aceitarei. Conscientemente entrego todo o meu corpo à bela corrente da vida, e tudo graças à nossa separação. Obrigada.
No entanto, também pode acontecer daqui a muitos anos, cruzarmos-nos e reconhecer-nos. Trocar umas palavras por mera simpatia e depois avançar a nossa vida completamente oposta. Contudo, também pode não acontecer nada disso. Podes decidir voltar a falar comigo, algo que sei que não vou negar. Podemos ver que não temos mais nada em comum e afastar-nos, por ser tudo demasiado estranho. Ou então, podemos virar amigos, partilhar pequenas partes da nossa vida. Assim, chego à conclusão que isto é tudo uma bola de neve, que consoante o momento certo ou não, vai arrastando a minha vida com ela. Quando estava contigo, sabia em parte que isso iria fazer parte do meu quotidiano. Agora já não. Já perdi amizades que me pareciam eternas, já deixei de frequentar sítios que eram como a minha segunda casa, e agora perdi-te a ti. Ou seja, neste momento acho que tudo pode acontecer. Como apareceres à porta da minha casa, ou encontrar-te em sítios que nunca imaginarei ou na pior das hipóteses é nunca mais te ver, e simplesmente restarem as memórias que se vão apagando. Mas apesar disso tudo, pela primeira vez em anos consigo dizer que acredito no impossível, mesmo com todo este nevoeiro assustador diante de mim. Acredito em mim, e sei que não vale a pena estar a divagar, o que acontecer eu aceitarei. Conscientemente entrego todo o meu corpo à bela corrente da vida, e tudo graças à nossa separação. Obrigada.
Não te passa pela cabeça o quanto tens feito falta. Não te passa pela cabeça o valor que tinham aquelas conversas onde estava tudo exposto. Não te passa pela cabeça o quanto sinto falta de libertar tudo o que mexia comigo. Não te passa pela cabeça que foste a única pessoa com quem o consegui fazer, com quem consegui expor a mente, a dor, a mágoa, a revolta. Não te passa pela cabeça o número de vezes em que nos imagino sentados naquele lugar. Não te passa pela cabeça o número de vezes que não sei se receie ou queira cruzar-me contigo. Na verdade, eu quero e receio. Não te passa pela cabeça o que sinto ao ouvir aquela música. Sabes quantas vezes eu me sentei naquele lugar sozinha, com uma parte de mim a espera de outra mensagem como aquela? De que voltasses? Mas não voltaste, e eu não sei o que te vai pela cabeça quando ouves o meu nome. Eu não sei o que te passa pela cabeça quando te cruzas comigo. Eu não sei o que te passa pela cabeça e muito menos no coração. Não sei se estou lá presente, não sei se bem lá no fundo ainda existe aquele cantinho para mim. Não me passa pela cabeça voltar a sentir que não me deixavas para trás, porque na realidade, aquela parte de mim que esperava desapareceu. Aquele refúgio, aquele abraço, aquelas palavras certas. Já não espero por nada disso. Principalmente porque sei que não te passa pela cabeça, o que vagueia na minha.
30 outubro, 2016
Lembro-me de uma vez te ter mandado um daqueles textos sobre relações. Ironicamente, lembro-me também do que me disseste depois de leres. Disseste-me que me amavas e que nunca seriamos desses casais que desistem. Depois deixaste-me. Acabámos por ser aquilo que sempre me tinhas dito que nunca viríamos a ser.
Quando me deixaste de amar tudo aquilo que pensava que eras não passava de uma ilusão que estava camuflada pela vontade que tinhas de estar comigo. Quando passava por ti na rua, queria perguntar se todos aqueles textos ainda significavam aquilo que acreditavas. Pensava que te lembrarias sempre do amor em páginas meio-gastas mas foi o ódio que nelas se acumulou.
Li numa revista que só conhecemos alguém quando essa pessoa deixa de sentir algo por nós, só não estava escrito que também conhecemos partes de nós próprios quando quem amamos nos deixa de amar mas isso entendi pela vida. Leio muito, quase sempre tudo me faz lembrar de ti. Hoje li um final sonhador, dizia "para sempre". Recordei-me de nós, das unhas cravadas e os lábios inchados. Tens medo que exista algo em ti que não queres que haja. Agora só espero que tu te lembres daquilo que eras e acreditavas. Para mim, espero aprender que o amor mágoa mas não para sempre e que o ódio é desnecessário.
Quando me deixaste de amar tudo aquilo que pensava que eras não passava de uma ilusão que estava camuflada pela vontade que tinhas de estar comigo. Quando passava por ti na rua, queria perguntar se todos aqueles textos ainda significavam aquilo que acreditavas. Pensava que te lembrarias sempre do amor em páginas meio-gastas mas foi o ódio que nelas se acumulou.
Li numa revista que só conhecemos alguém quando essa pessoa deixa de sentir algo por nós, só não estava escrito que também conhecemos partes de nós próprios quando quem amamos nos deixa de amar mas isso entendi pela vida. Leio muito, quase sempre tudo me faz lembrar de ti. Hoje li um final sonhador, dizia "para sempre". Recordei-me de nós, das unhas cravadas e os lábios inchados. Tens medo que exista algo em ti que não queres que haja. Agora só espero que tu te lembres daquilo que eras e acreditavas. Para mim, espero aprender que o amor mágoa mas não para sempre e que o ódio é desnecessário.
Deixo-te a porta aberta, sei que não queres ficar e, por isso, peço-te que saias, rápido! Vai e faz-me um favor… Não voltes!
Quantas chances te dei, quantas lágrimas chorei, quanto amor gastei por alguém que não merecia nada. É verdade, não merecias e mesmo assim dei-te o melhor de mim. E tu? O que me dês-te tu? Mágoa e dor. Deixaste-me de rastos com um coração ferido. Que mais queres de mim? Vai embora! Vai e leva contigo essas juras e promessas. Estou cansada de ti! Amor que é amor, é por vontade e não por favor. Não aceito um sentimento forçado, ou é dado de livre vontade ou, então, prefiro não ter nada. Vai embora… Não venhas com mais desculpas, não digas que me amas, não me atormentes mais. Chega dos teus fingimentos. Por favor, vai-te embora…
Quantas chances te dei, quantas lágrimas chorei, quanto amor gastei por alguém que não merecia nada. É verdade, não merecias e mesmo assim dei-te o melhor de mim. E tu? O que me dês-te tu? Mágoa e dor. Deixaste-me de rastos com um coração ferido. Que mais queres de mim? Vai embora! Vai e leva contigo essas juras e promessas. Estou cansada de ti! Amor que é amor, é por vontade e não por favor. Não aceito um sentimento forçado, ou é dado de livre vontade ou, então, prefiro não ter nada. Vai embora… Não venhas com mais desculpas, não digas que me amas, não me atormentes mais. Chega dos teus fingimentos. Por favor, vai-te embora…
29 setembro, 2016
Eu conheci um rapaz. Era bonito, era alto, não acreditava na moda das tatuagens nem das saídas à noite. Dizia-me que as traições eram para os fracos, dava-se bem com as ex-namoradas e tinha um sorriso engraçado. E eu menti-lhe, mostrei o que quase todos queriam ver, disse que nunca me tinha apaixonado por ninguém. Mesmo que por instantes e numa fracção de segundo, me tivesse passado um rosto na cabeça. Tu sabes o quanto os homens gostam de ouvir que nunca encontrámos o amor verdadeiro. Então bloqueei o menos certo, e aceitei o errado como meu. Fiz de conta que estava apaixonada. E por instantes, vi esperanças numa pessoa que não me dizia nada. Não soube da quantidade de vezes que saí à noite para tentar encontrar, os pedaços de mim que perdi quando me apaixonei. Não imaginou que os arranhões nas paredes da casa, fossem de dias menos bons em que tentei tirar cheiros antigos.
Ingénuo dizia "gosto tanto de ti."
"Eu também gosto muito de ti", enquanto te via a cara atrás da sombra de uma pessoa, que nunca vi na realidade. E de todos os que vieram e passaram, sem me lembrar sequer da voz ou do segundo nome, foram todos para tentar tapar o vazio que ficou em mim. Uns ouviam o mesmo estilo de música. Outros tinham a voz parecida. Outros diziam merda. Outros eram só simpáticos. Conheci-os a todos, e fiz de conta que me perdi deles no caminho de volta a casa. Estou-me a tornar naquele tipo de mulher, que procura metades do homem que quero, nos meios homens que acham que me vou apaixonar. Mas este, dei-lhe o beneficio da dúvida. Era tão dentro dele, e tão fora de mim, que achei que se tentasse muito, um dia iria querer andar de mão dada. Fiz tanta força para me apaixonar, que me apaixonei ainda mais por quem já estava apaixonada.
Desculpem, conheci um bom rapaz. Mas ainda continuo apaixonada por outro.
Ingénuo dizia "gosto tanto de ti."
"Eu também gosto muito de ti", enquanto te via a cara atrás da sombra de uma pessoa, que nunca vi na realidade. E de todos os que vieram e passaram, sem me lembrar sequer da voz ou do segundo nome, foram todos para tentar tapar o vazio que ficou em mim. Uns ouviam o mesmo estilo de música. Outros tinham a voz parecida. Outros diziam merda. Outros eram só simpáticos. Conheci-os a todos, e fiz de conta que me perdi deles no caminho de volta a casa. Estou-me a tornar naquele tipo de mulher, que procura metades do homem que quero, nos meios homens que acham que me vou apaixonar. Mas este, dei-lhe o beneficio da dúvida. Era tão dentro dele, e tão fora de mim, que achei que se tentasse muito, um dia iria querer andar de mão dada. Fiz tanta força para me apaixonar, que me apaixonei ainda mais por quem já estava apaixonada.
Desculpem, conheci um bom rapaz. Mas ainda continuo apaixonada por outro.
22 junho, 2016
Houve uma altura que gostei tanto de alguém que quase me matou. Parece ridículo mas há realmente momentos que a vida nos dá uma chapada tão grande que demoramos meses e meses a conseguirmos levantar novamente. O pior de tudo são as mentiras que nós, conseguimos contar a nós mesmos. Até perdemos a conta. Que vai ficar tudo bem, que as tempestades às vezes são necessárias. Que vais conseguir preencher a falta de uma pessoa, com outra. E quando dás por ti deixas de ser alguma coisa. Já nem sabes se estás numa tempestade, ou se foi o teu corpo que se transformou numa. Os conselhos são quase sempre os mesmos. Desde o tempo curar tudo, às tuas amigas mais chegadas a tentarem desenhar-te que há pessoas que não te merecem. É uma montanha-russa, até acabar e saíres sozinha, quase sem ter a certeza se realmente gostaste de alguém ou se passaste um período que gostaste só menos de ti. O processo doloroso que é sair duma viagem que não devias ter percorrido, leva de ti partes que possivelmente não voltas a encontrar. A ingenuidade de acreditar nos outros, a vontade de sair da cama porque talvez, seja naquele dia, ou naquela tarde, que o que sonhaste de noite se torna realidade. O mais engraçado, é que no fundo tu sabes e tens a consciência que, as coisas só não dão certo porque não há o que deveria haver de ambas as partes.
Embora percas muito de ti, nas descidas e nas subidas que a tempestade causou em ti, ganhas quase que imunidade à próxima promessa. Outra coisa fantástica sobre te partirem o coração, é que ele se regenera. Regenera-se a um ponto tão bonito, que de repente, um dia, quando as coisas voltarem a ter algum sentido e voltes a apaixonar por ti mesma quando te vês a passar de relance num espelho qualquer, esqueces-te do quanto já sofreste. O tempo não cura tudo, e sim, há pessoas que não te merecem. Tal com tu não mereces certas pessoas. É estranho o quanto as viagens se cruzam e se esbarram umas nas outras, mas se o tempo não cura tudo, então tudo acontece para darmos tempo ao tempo, de pôr no nosso caminho, quem se deixe ficar.
Embora percas muito de ti, nas descidas e nas subidas que a tempestade causou em ti, ganhas quase que imunidade à próxima promessa. Outra coisa fantástica sobre te partirem o coração, é que ele se regenera. Regenera-se a um ponto tão bonito, que de repente, um dia, quando as coisas voltarem a ter algum sentido e voltes a apaixonar por ti mesma quando te vês a passar de relance num espelho qualquer, esqueces-te do quanto já sofreste. O tempo não cura tudo, e sim, há pessoas que não te merecem. Tal com tu não mereces certas pessoas. É estranho o quanto as viagens se cruzam e se esbarram umas nas outras, mas se o tempo não cura tudo, então tudo acontece para darmos tempo ao tempo, de pôr no nosso caminho, quem se deixe ficar.
17 junho, 2016
Depois de todo este tempo, acho que estou finalmente a crescer sem ti. A tua ausência já se tornou um hábito, admito que já custou mais. É estranho. As tuas memórias são saudades. O amor já cá não está. Mas ao mesmo tempo, sei que de alguma forma te amarei para o resto da minha vida. Talvez porque a minha cabeça ainda não teve tempo suficiente para se ocupar com problemas maiores, mas desde o início que me apaixonei por tudo o que és feito. Por esse enorme e frágil coração.
Julguei que a dor de te ir apagando da minha mente ao longo dos dias fosse a derradeira, mas afinal imaginar-te com outra pessoa é a pior de todas elas.
Deixaste que nos separassem e nem sequer tentaste, pelo menos, remediar o erro outrora nunca imaginado. Ai de quem fosse capaz de nos ver separados ou de dizer que teríamos um fim... O fim mais ridículo que podíamos ter imaginado mesmo antes de começar. Parece loucura mas ainda espero que me procures um dia destes, e que nessa altura eu esteja de alma e coração aberto para te receber, como no dia em que decidi dar asas ao que dizias mais desejar. Espero também que nesse dia continues a pessoa maravilhosa pela qual me apaixonei perdidamente e cometia as maiores loucuras do mundo se preciso.
Eu tentei ser boa o suficiente, mas falhei. Eu tentei ser a tua felicidade, mas fui a tua tristeza. Eu tentei ser o teu orgulho, mas fui o teu maior desgosto. Eu tentei… Juro que tentei!
Agora nada disto importa, já é tarde para arrependimentos. Talvez já te tenhas esquecido, talvez o tempo já te tenha curado. Mas, a mim não curou e ainda não esqueci…
Depois deste tempo todo ainda te lembras de mim? Eu tentei ser uma boa lembrança, mas acabei por ser um pesadelo. Eu tentei de tudo, mas o meu tudo não foi suficiente. Eu tentei ligar-te, mas faltavam-me as palavras e eu sei que não queres ouvir o que tenho para te dizer.
Mas podes-me ouvir só desta vez? Não te peço mais nada, só queria que ouvisses… Eu falhei muitas vezes… Eu fui uma desilusão… Eu não mereci o teu amor… Desculpa, mas eu tentei! Podia ter sido diferente? Podia ter sido uma melhor pessoa? É claro que podia… Mas não consegui!
Não consegui evitar os meus erros. Não consegui evitar esta situação. Não consegui mudar. Não consegui… Desculpa! Eu sei que não me queres ouvir. A única coisa que mereço é o teu desprezo e ver que consegues ser feliz sem mim. A única coisa que mereço é ver que consegues seguir em frente, enquanto eu fico presa ao passado e me afogo em mágoas.
Eu queria que soubesses que tentei, mas és mais feliz sem mim…
Agora nada disto importa, já é tarde para arrependimentos. Talvez já te tenhas esquecido, talvez o tempo já te tenha curado. Mas, a mim não curou e ainda não esqueci…
Depois deste tempo todo ainda te lembras de mim? Eu tentei ser uma boa lembrança, mas acabei por ser um pesadelo. Eu tentei de tudo, mas o meu tudo não foi suficiente. Eu tentei ligar-te, mas faltavam-me as palavras e eu sei que não queres ouvir o que tenho para te dizer.
Mas podes-me ouvir só desta vez? Não te peço mais nada, só queria que ouvisses… Eu falhei muitas vezes… Eu fui uma desilusão… Eu não mereci o teu amor… Desculpa, mas eu tentei! Podia ter sido diferente? Podia ter sido uma melhor pessoa? É claro que podia… Mas não consegui!
Não consegui evitar os meus erros. Não consegui evitar esta situação. Não consegui mudar. Não consegui… Desculpa! Eu sei que não me queres ouvir. A única coisa que mereço é o teu desprezo e ver que consegues ser feliz sem mim. A única coisa que mereço é ver que consegues seguir em frente, enquanto eu fico presa ao passado e me afogo em mágoas.
Eu queria que soubesses que tentei, mas és mais feliz sem mim…
16 junho, 2016
É difícil olharmos para trás e pensarmos que já passou mais de um ano e nós estarmos vivos na tentativa de viver outra vez mas apenas a existir. 500 dias que eu tive de aprender a viver sem ti, 500 dias de pura saudade, 500 dias a pensar se estarias vivo, e isso era o suficiente para eu sobreviver mesmo estando longe de ti. Hoje merecias saber tudo o que aconteceu entre nós os dois, merecias saber que foram 500 dias da tua ausência, merecias saber que por mais que não seja como no passado, eu ainda te amo, apenas já não estou apaixonada por ti. Estive perdida durante muito tempo sem ti, estive numa das fases mais cinzentas que uma alma poderia estar, estive a sobreviver sem ti. Foram muitos dias, muitas palavras, muitas saudades, muitas folhas de papel gatafunhadas com o teu nome, foram muitos sentimentos. Devo-te muito, e tu sem saberes, eu quase te devo o mundo. Mas como já não te o posso dar, dou-te o único lugar onde ficarás eterno, nas palavras. A nossa história de amor foi como uma das minhas favoritas, apenas não podíamos estar juntos.
Não é porque acabou que não foi para sempre um dia. O para sempre esteve sempre presente em nós e um dia chegamos a acreditar nele. Acabou mas não quer dizer que não nos amávamos. Se calhar ainda nos amamos, mas em segredo, e no silêncio da madrugada cada um sabe a falta que o outro faz.
Não é porque acabou que não tenhamos lutado. Lutamos mais do que as nossas forças permitiam, mas fomos incapacitados por algo mais forte, um destino que conspira contra nós e que nos limitou e reduziu o nosso amor a meras lembranças. Talvez seja esse o preço a pagar por contrariar todas as forças que a nós se opõem. Desistir não foi uma opção, foi uma obrigação. Estávamos num barco à deriva e quanto mais remávamos mais nos íamos perdendo. Mas não pensem que somos fracos por isso, até para desistir é preciso ser forte. Infelizmente, às vezes o amor não é suficiente e os finais felizes só acontecem nos filmes, estes que nos abraçam com as suas ilusões românticas. Mas, talvez um dia nos encontremos por aí no meio da multidão. Talvez te acene ou, então, fique completamente paralisada revendo em mim todas as memórias que restaram de ti. Talvez me venhas falar ou simplesmente sigas o teu caminho enquanto és invadido pelas lembranças daquilo que um dia fomos.
O para sempre só restou em nós, guardado numa gaveta da nossa memória, local onde permanece tudo o que era nosso.
Não é porque acabou que não foi para sempre um dia. Algumas coisas são para sempre sim, mas apenas no nosso coração.
Não é porque acabou que não tenhamos lutado. Lutamos mais do que as nossas forças permitiam, mas fomos incapacitados por algo mais forte, um destino que conspira contra nós e que nos limitou e reduziu o nosso amor a meras lembranças. Talvez seja esse o preço a pagar por contrariar todas as forças que a nós se opõem. Desistir não foi uma opção, foi uma obrigação. Estávamos num barco à deriva e quanto mais remávamos mais nos íamos perdendo. Mas não pensem que somos fracos por isso, até para desistir é preciso ser forte. Infelizmente, às vezes o amor não é suficiente e os finais felizes só acontecem nos filmes, estes que nos abraçam com as suas ilusões românticas. Mas, talvez um dia nos encontremos por aí no meio da multidão. Talvez te acene ou, então, fique completamente paralisada revendo em mim todas as memórias que restaram de ti. Talvez me venhas falar ou simplesmente sigas o teu caminho enquanto és invadido pelas lembranças daquilo que um dia fomos.
O para sempre só restou em nós, guardado numa gaveta da nossa memória, local onde permanece tudo o que era nosso.
Não é porque acabou que não foi para sempre um dia. Algumas coisas são para sempre sim, mas apenas no nosso coração.
02 junho, 2016
Antiguidades...
Não acredito. Conheço-te ao longe, mal entro num sítio. Conheço-te desde do detalhe do pulso fino e da forma como moves a mão. As costas e a forma como o teu cabelo está cortado. A pulseira preta que te adorna o pulso. Parece doentio mas talvez eu seja apenas muito boa observadora. Parece que, ainda hoje, te persigo pelos corredores que ambos cruzamos em horas distintas. Não o faço. Talvez antes o fizesse na esperança de te encontrar e alegrares o meu dia. O meu, claro. Penso que o teu nunca melhorou com a minha presença. Acho que agora, à distância, é que consigo perceber as falhas do meu raciocínio que te realçavam a personalidade e me cativavam a vista. A alma. É que sempre se tratou disso. De quem dá(va) mais pela minha alma. E tu trouxeste-me uma alegria inesperada e uma conexão nunca antes sentida. Talvez seja por isso que, inconscientemente ou conscientemente, continuei a procurar o teu olhar em todos os caminhos que percorria e fossem que horas o relógio mais próximo marcasse. Continuei a fazê-lo até finalmente bater com a cabeça na parede mais próxima e perceber que o que fazias era ignorar cada nova tentativa minha de nos falarmos. Eu queria, eu fazia por isso. Tu não. Tu apenas dizias querer. Mas quem diz querer tem que se esforçar por que aconteça. E tu ... Faltava-te isso, o esforço. Faltava-te mais do que isso. Faltava-te tanto e eu nunca o vi. Nunca o quiseste. E eu vejo isso, sinto isso. Seria mais fácil admitires-me que não querias nada do meu ser e teres virado as costas. Não. Fizeste com que fosse eu a virar as costas e com que fosse eu a sentir esta culpa estranha porque culpada disto, eu não sou. E a tua ausência em mim, não é que me doa. Dói-me é a forma como te sentiste tão bem por eu ter saído da tua vida. A forma que me tratavas hoje vejo que o fazes com tantas outras. A forma que me marcaste, no final de contas, deve ter sido igual à forma como marcas tantas outras por aí. Porque é assim que te sentes bem ou que fazes com que a tua barreira se dissipe um bocado. E sabes? Eu tenho a certeza que fui das poucas pessoas que quis perceber mais do que a ponta do icebergue que a todos mostras. E isso tu perdeste. Mas só perdeste porque tu quiseste. Não que eu ache que te faça falta. Se o fizesse já tinhas vindo ter comigo, tiveste tempo mais que suficiente para o fazer.
Continuo a ver-te. Agora sem sequer o fazer inconscientemente. Agora simplesmente não te quero ver e apareces-me à frente, no meio do meu caminho. A minha esperança sempre foi que, um dia desses em que nos vejamos, olhasses para mim e eu pudesse verificar nos teus olhos que estás arrependido. Não acontecerá. Mas espero uma qualquer reacção tendo em conta que a última vez conseguiste fazê-lo. Viste-me efectivamente. Não ignoraste ou viraste a cara como tantas outras vezes no passado.
Continuo a ver-te. Agora sem sequer o fazer inconscientemente. Agora simplesmente não te quero ver e apareces-me à frente, no meio do meu caminho. A minha esperança sempre foi que, um dia desses em que nos vejamos, olhasses para mim e eu pudesse verificar nos teus olhos que estás arrependido. Não acontecerá. Mas espero uma qualquer reacção tendo em conta que a última vez conseguiste fazê-lo. Viste-me efectivamente. Não ignoraste ou viraste a cara como tantas outras vezes no passado.
Quem já não ouviu falar na química que atrai duas pessoas. Sempre a imaginei como moléculas e substâncias que construíssem uma ponte, que se fizessem sentir e que resultasse numa atracção que não se entende nem se sabe de onde vem e que se decidiu chamar de química. Mas quem afinal sabe o que química é ou se existe realmente? E quem a sente como saberá se é química ou um impulso de atracção? E será isto a química? Um simples impulso de atracção? Pois eu também não sei explicar o que será esta vontade incontrolável e inesperada, súbita de te ter em mim. Talvez será mesmo uma ponte de moléculas e átomos que se formaram por razão nenhuma, ou a química de que tanto se fala ou apenas uma maneira de manifestar o meu amor, mas tudo isso não me larga e eu não posso evitar...
12 maio, 2016
Relembro-me dos momentos passados a teu lado, que saudades do sentimento a casa. Cada palavra tua acabava com qualquer dor que eu pudesse par, tu eras como os anjos para mim. O teu sorriso agora é esbatido no papel amarelado que é a minha alma. Os teus olhos continuam a ser os meus preferidos, mas agora existe outra pessoa que preenche os meus dias, e que bom foi deixar de sentir o buraco cinzento que eu tinha na alma. Fizeste-me tanta falta que doía-me o coração na maioria dos dias, e quando este não me doía, as mãos estremeciam. O tempo passou tão rápido quando comecei a deixar a tua memória desvanecer em mim e deixe-o entrar na minha vida. Os verões antes de o conhecer e depois da tua partida eram como massacres totais, esperei por ti tanto tempo que deixei de viver e passei apenas a sobreviver. Nunca consegui concluir se a distância que se pôs entre nós foi boa ou má, nunca consegui compreender como é que isso fez o tempo passar mais rápido, mas fez. Ele salvou-me a vida como tu fizeste há tempos, estou-te grata por isso, e espero que onde quer que estejas, estejas feliz, porque mereces.
Os amigos são como o Poker. Fazemos grandes apostas, mantemos a esperança na nossa jogada até ao fim, depositamos-lhe confiança à medida que as cartas se vão virando em cima da mesa, e no final, nada valeu a pena, a aposta foi uma desgraça e a única pessoa que perde és tu. No Poker, nunca se aposta tudo, pois a probabilidade de conseguires as cartas mais altas e saíres vencedor, é apenas uma em milhares. Mas quando essas cartas saírem, não apostes mais. Não se tem a mesma sorte duas vezes...
Eu vou tentar não desistir de mim. Vou tentar levar o bocadinho de ti que ficou e viver mais preenchida. Espero que leves também um bocadinho de mim e te lembres que, um dia, foi para sempre. Que te lembres que, um dia, fomos o porto de abrigo um do outro. Que tínhamos sempre certezas de que o nosso amor era mais forte do que qualquer outro… Mas até isso tu levaste.
Agora, peço-te que não voltes. Escusas de o fazer, sequer. Já cometi o erro de pedir que ficasses. Que inocente fui eu quando pedi que ficasses! Isso não se pede a ninguém! Queres ir? Vai! Mas vai logo!
Agora, peço-te que não voltes. Escusas de o fazer, sequer. Já cometi o erro de pedir que ficasses. Que inocente fui eu quando pedi que ficasses! Isso não se pede a ninguém! Queres ir? Vai! Mas vai logo!
10 maio, 2016
Excertos
Eu sei
que querias uma resposta da minha parte.
Sim, eu
sei que queria algo verdadeiro, genuíno e que fosse para sempre.
Eu
sei.eu sei mesmo...Sei que nos damos bem e que aprecias a minha
companhia.
Consideras
que temos tudo para o dito relacionamento.
Eu sei
que já apresentaste todos os teus argumentos e que praticamente
todos eles, são convincentes.
Não.
Não repitas.
Eu sei
de cor tudo aquilo que já me disseste.
Sei o
quanto te fascino no meu misto de menina-mulher.
Sei o
quanto sentes que tens necessidade de me proteger.
Sim, eu
sei…
Mas eu
preciso que pares e que me ouças.
Eu não
posso.
Acredita
em mim, eu não posso e também não consigo.Ter um relacionamento
sério contigo não é algo que esteja nos meus plano, mas acredita
em mim quando te digo que o problema sou eu e não tu.
Sim ,
sim, eu sei… é a frase mais cliché que pode existir mas é a mais
pura das verdades.
O
problema sou mesmo eu.
Eu
pertenci a alguém há muito tempo atrás e essa pessoa deixou marcas
bem fundas.
Não,
não digas que me consegues consertar, porque não sou um objecto e o
meu coração não é algo que se possa colar.
Desculpa.
Hey, não
olhes assim para mim.
Para
existir um relacionamento sério, é preciso que as duas pessoas
estejam a 100% nisso, e eu não estou nesse ponto, nem perto dele.
Não,
acredita que não me consegues consertar.
Há
marcas que se vão sarando sozinhas e eu preciso que as minhas
cicatrizem por inteiro.
Não te
iludas, não preciso de protecção em relação ao mundo.
A sério…
não preciso.
Aprendi
e percebi que não sou de vidro e que não morro por não ter alguém
para me defender.
Acredita,
aprendi a defender-me sozinha e talvez por isso ainda não me sinta
pronta para saber o que é amar de novo.
Não,
não tem haver contigo…
Tem
haver comigo.
Foi
doloroso, impiedoso… foi uma dor cortante que aumentava dia após
dia e que me fazia sentir que estava a morrer viva.
Acredita,
o amor para mim é sinónimo de dor e eu não tenciono deixar ninguém
provocar algo assim em mim…
Eu sei
que acreditas que não me irás magoar, mas eu não posso acreditar
nisso.
Não
consigo acreditar…
Desculpa,
eu sei que estás a sofrer as consequências da dor que alguém
deixou em mim, mas eu não te posso dar mais do que uma amizade.
Espero
que entendas, que me desculpes, e que fiquemos por aqui.
Não é
amor.
E eu não
estou a deixar-me amar alguém.
Sim, um
dia passa…
Mas não
será agora.
Espero
que entendas.
Eu não
posso e não consigo amar-te.
Entende…
a culpa não é tua…
A culpa
é de alguém que deixou uma dor insuportável em mim.
29 março, 2016
Obrigada por teres dito "não"....
É estranho… O teu aniversário está à porta e, pela primeira vez, não sinto aquela ânsia de te querer ver. Sim… ainda faltam uns dias e sim muita coisa podia mudar em dias, mas não é este o caso. Tu querias que eu matasse aquilo que sentia por ti e eu não consegui, mas tu fizeste o favor de matar esse sentimento por mim. Na altura, sofri. Confesso que não sei se sofri por estares a matar-nos de vez, ou por ter medo do desconhecido, do que haveria “depois de ti”. Há um ano atrás eu estava completamente rendida a ti, por muito que me tentassem puxar e que me tentassem conquistar. Ninguém conseguiu. Eu estava apaixonada. Tão apaixonada, que te ofereci uma prenda, e tu, tal como no Natal, aceitaste… Há um ano atrás eu acreditava que era possível e que eras o homem da minha vida. Hoje, um ano depois, felizmente, aprendi que não és, nem nunca foste o homem da minha vida… Foste apenas alguém que eu amei e que não me amou. Foste alguém por quem baixei todas as barreiras e o orgulho, mesmo vendo que tu não o fazias. Foste alguém… Apenas alguém que passou pela minha vida. Estamos a, talvez, três semanas do teu aniversário… Este ano não tenho nada para te dizer. Sim, podia ser adulta o suficiente para te dizer Parabéns, até porque me disseste, numa das ultimas vezes, que eu devia crescer, mas lamento desapontar-te, pois não posso ser adulta com quem se comporta como criança. Há um ano atrás dei-te os parabéns e achava que eras o homem da minha vida. Hoje, um ano depois, apenas te posso agradecer por tudo o que ganhei sem ti.Não te dou os “parabéns”. É estranho não te conseguir dizer isso… Mas, digo-te “obrigado”. E acredita, é bem mais do que merecias que te dissesse. Obrigada, valeu tanto teres dito “não”.
Um ambiente frio e depressivo encerra-se sobre o meu espírito. A chuva que cai escorre pela janela em silêncio, e os meus olhos, vidrados no lento movimento de cada gota, ardem de sofrimento. Sinto claramente no peito o meu pensamento. Projectam-se na minha mente macabros tormentos que não são mais que o reflexo da minha realidade. Pressinto o evaporar do meu juízo, deixando-me oca e vazia, pronta para enlouquecer. Vou baloiçando para a frente e para trás, perturbada com o meu desgosto. Pesa-me em cada parte do meu corpo o amargo desprezo por esta gente que vagueia neste mundo. O meu estômago revolta-se perante tanto cinismo e hipocrisia, causando-me dolorosas náuseas. Já não tenho a paciência de outrora e a minha esperança desvaneceu-se. Perdi a razão e isolei-me de tudo, apenas resta eu e este abismo que se estende do outro lado deste vidro encharcado pela chuva.
15 março, 2016
Excertos
"(...) Como uma puta de uma desesperada aqui continuo, à espera de que venhas, à espera de que digas “amo-te”, à espera de que digas ”amo-te e sempre te amei e vou amar-te para sempre”. Mas a única coisa que é para sempre é o que acaba. Acabou-se e é para sempre. Para sempre sem o sabor do teu beijo outra vez, para sempre sem o “estou-me a vir” do teu toque outra vez. O que nunca acaba é amar-te assim. Quantos homens serão necessários para me esquecer do teu abraço? Sou uma mulher desejável. Sei que sim. Sei que os homens passam e olham, e eu passo e eles olham, e que nunca o meu corpo restará só, sem a presença de corpos para conhecer. Mas nenhum corpo cancela o teu, nenhum cheiro me impede da memória do teu, braços nenhuns me apertam com a forma do teu abraço. O que mais me custa é saber que exististe. E que depois de te querer assim o que me resta é ser querida. Resta-me encontrar o que mais me ama depois de ter perdido quem amo. Até a tua morte me faria bem. Perdoa-me o egoísmo mas às vezes sonho que morres e me libertas da esperança. Enquanto estiveres vivo vou acreditar. Por mais que não acredite, por mais que saiba que não existe o que esperei que existisse. Tenho-me nojo de te precisar assim. Tenho vergonha de te precisar assim. E basta um “anda” teu para todos os lugares fazerem sentido. Posso dar usufruto a outros mas sou tua propriedade inalienável. Quem me quiser tem de o saber. Quem me quiser tem de estar pronto a perder-me como eu estou pronta a ganhar-te. Sou de quem me quiser mais até que tu me queiras nem que apenas um bocadinho. Nada é mais injusto de que amar assim. E no entanto nada é tão belo como amar assim. Seríamos perfeitos se me quisesses um terço do que te quero, se me desejasses um quinto do que te desejo."
Pedro Chagas Freitas
Excertos
"(...) Amei-te para sempre mesmo que já não te ame. E quando chegou o dia da despedida eu soube que tinha chegado o dia de para sempre.
O drama de amar é não admitir a morte. (...) Despedi-me de orgasmos quando me despedi de ti. Já me deitei com tantas e é sempre o teu boa-noite que me adormece. O drama de amar é só criar réplicas. Tudo o que amo és tu. Uma boca, uma pele, um sexo. Tudo o que amo és tu. E não há mais perfeito oximoro do que «amor novo». Só o teu amor é novo. E não existe sucessão quando se reina assim. Amar-te é uma monarquia fascista, uma ditadura dentro de mim. O que vem depois de ti só vem depois de ti. Sempre depois de ti. A toda a hora depois de ti. O que vem depois de ti só vem depois de mim, e onde eu estou ou estou sozinho à tua espera ou estou sozinho contigo. Se existe amor é porque existes tu.
O drama de amar é amar-te."
in "Prometo Falhar", a mais recente obra de Pedro Chagas Freitas.
13 março, 2016
O meu problema é eu não querer um homem qualquer. Seria tudo tão mais fácil se eu apenas procurasse tapar a solidão. A vida seria mais fácil se eu não procurasse o meu amor verdadeiro, aquele que pouco vejo nas ruas mas que li em livros. O meu grande problema é acreditar no amor, acreditar que haverá um dia em que tudo será fácil. Aliás, nem vejo o porquê de existirmos se não for para amar alguém até ao último segundo. Eu sei, tenho a certeza, que o amor da minha vida anda por aí, enquanto eu caio e me levanto para continuar à sua procura. O meu grande amor tem de acabar nos meus braços, tem de haver uma razão para eu não ter de ficar com todos aqueles que já amei, tem de existir um amor que acabará por ensinar que o que senti, não foi nada em comparação ao que sentirei. Acredito em almas gémeas, em corações que nasceram para morrerem juntos e mãos que se encaixam perfeitamente. Nós andamos presos a amores-mais-ou-menos até ao dia que chegará o nosso grande amor, que dará sentido a tudo, até às quedas, aos choros, lágrimas e às partidas daqueles que um dia estiveram nas nossas vidas. O amor das nossas vidas trará as repostas sem saber as perguntas
Ando cansada. Cansada de pensar, de ouvir as futilidades dos outros, de fingir que tudo estás bem quando na verdade tenho o mundo a desabar em cima de mim. Talvez seja um exagero da minha parte mas é como me sinto realmente neste preciso momento. Sinto uma enorme pressão nos olhos e um aperto no coração como se ele quisesse saltar para fora e fugir, fugir para bem longe de tudo. As lágrimas querem cair, querem escorrer rios infindáveis no meu rosto e inundar-me ainda mais do que já estou, mas eu mantenho-me sempre firme e quando alguma surge limpo-a com a manga da camisola. Tenho o coração um caco, de novo, e não vejo maneira de tirar estes demónios que tenho dentro de mim e que me atormentam de dia para dia.
A filosofia é idêntica ao amor, pois, embora séria, não se justifica. Não capta palavras, orienta-as. Não anota sentimentos, grava-os para, um dia mais tarde, recordar. A filosofia é idêntica ao amor, pois são ambos feitos do desconhecido, da incógnita e do oculto. São matérias terrivelmente inseparáveis e indivisíveis. A filosofia é idêntica ao amor, pois interpreta almas e representa corações.
07 março, 2016
Não sei mas estou bem
Na cama que o teu corpo já desejou procuro certezas daquilo que nunca aconteceu, a constância do desejo, a verdade do sentimento, a segurança da entrega. Procuro um “nós” que nunca existiu mas que teimávamos em evocar, um “nós” que surgia em todas as conversas sobre planos que, pelos vistos, não passaram disso mesmo, planos. Não sei se suporto que partas sem realizar cada um dos meus desejos, sem matares esta vontade que me consome a cada segundo da tua presença, ou se simplesmente não quero que isso aconteça, por orgulho ou teimosia. A verdade é que não és único como te faço parecer mas és o único que quero que pense assim, porquê? Não sei, mas também ninguém me ensinou como funcionava o amor.
Sentia as tuas mãos que me aconchegavam o rosto numa tão delicada ternura, enquanto os teus lábios envolviam os meus num suave e profundo beijo. Desejei que o tempo congelasse e que pudéssemos permanecer ali eternamente, que pudesses continuar a segurar-me com todo aquele prazer. Senti a tua mão escorregar pelo meu corpo, contornando as minhas costas, procurando o fundo da minha camisola. Tímido e trémulo toque que me ia arrepiando. O teu calor envolvia-me, protegendo-me de tormentos sobre o futuro que poderiam rasgar a beleza daquele momento. Todo o teu corpo tão próximo do meu, numa curta distância que nunca era o suficiente. Encostados à porta, os teus lábios pararam sobre os meus, o teu suspiro profundo caiu sobre mim e ali permaneceste durante segundos, provocando estragos nos meus sentimentos. Abri os olhos e ali fiquei a observar-te enquanto te afastavas de mim num pequeno movimento, e o teu olhar brilhava reflectindo a minha felicidade. Os meus lábios sorriam e as minhas mãos envolviam o teu rosto. Despedi-me num beijo como quem pede para ficar, mas aquele vício não me abandonou e, de algum modo, não consegui parar.
02 março, 2016
Saudade, um sentimento tão irónico. Mostra a magia do amor e a marca de uma felicidade distante, e ao mesmo tempo, é profundamente doloroso e deprimente. A saudade que nos faz chorar, que nos mostra como a falta de alguém é tão intensa e triste, a saudade que faz os outros sorrir por saberem que são valorizados e amados. A saudade não se invoca, não finge, não se controla, não se evita. A saudade faz-se sentir no coração, faz-se pesar nos olhos e ainda assim é aceite por ser tão pura.
15 fevereiro, 2016
Um mundo em que as coisas batessem certo nós teríamos acabado por nos encontrar, nem que fosse no fim de um princípio que nem deveria ter acontecido. Mas nós estamos quebrados, e para duas pessoas quebradas a única solução é tentarmos reconstituir-nos em caminhos diferentes. Chamam-se linhas paralelas. Em que nos vemos constantemente, mas que nunca nos permitem cruzar um com o outro. Um dia, daqui a muito ou algum tempo, hás-de me ver nessa mesma linha com alguém que a vida permitiu se cruzar em mim. Sente somente paz, e sabe que te continuarei a ver, eternamente.
11 fevereiro, 2016
Aceitei, sem inúteis revoltas, a dor e a frustração, a saudade e o desânimo. Curvei-me perante o sofrimento e deixei que o meu coração fosse levado pela corrente do mar e se curasse. Ainda hoje, vejo-o no horizonte e espero ansiosa pelo seu regresso nas dunas da fria praia. Se ainda não regressou, culpo-te a ti, passado maldito, que me vieste atormentar e relembrar do que eu tinha esquecido. Mas ainda assim, relembro todos os dias que o tempo apagou as linhas que nos ligavam, que o destino separou os nossos caminhos e que um santo decidiu que a minha felicidade não se encontrava naquele amor. Não viverei duas vezes a mesma história. O mundo é demasiado grande e o tempo demasiado escasso para viver duas vezes as mesmas coisas.
05 fevereiro, 2016
Tenho junto a mim, alguém que se preocupa comigo, como eu costumo dizer, com a sua "flor". Mesmo depois de algum tempo, ainda continuo com certas incertezas, com certas imagens à deriva no pensamento, este que por vezes está em outro alguém, alguém que já não me quer fisicamente mas no seu psicológico alcoolizado, deseja-me. Não é que eu não queira confiar em ti ou simplesmente que não te sinta, mas sim medo de te magoar, mas como tudo na vida, devemos dar uma oportunidade a tudo, e é por esta e por outras razões que, eu decidi tentar. A maioria das vezes, fico durante diversos momentos, a tentar encontrar palavras bonitas e indicadas para te escrever, ou simplesmente para descrever esta confusão que sinto, mas espero que dê para entender, espero sinceramente que compreendas o quanto mexes comigo?!
02 fevereiro, 2016
Por que raio é que uma mulher bem arranjada é oferecida, uma mulher esperta e desenrascada é arrogante e uma mulher que não aceita menos do que aquilo que merece é chata? Cansei-me. Cansei-me de pessoas que detestam ciúmes mas também odeiam independência. Qual é a dificuldade de estar ao lado de uma mulher completa? Faz assim tanta comichão uma mulher querer (mas não precisar de) estar ao vosso lado? Já perdi a conta das relações que foram ao ar simplesmente porque está tudo a correr bem demais, “não podia pedir melhor”. Há quem só esteja bem quando está mal. Espera, já sei, preferem as que vos enfeitam a cabeça semana sim semana não? Pronto, está explicado. Essas relações realmente duram, tenho visto umas quantas. Ah, e depois há aqueles que não sei se me dão vontade de rir ou chorar. Passam o tempo a queixar-se que não há mulheres que valham a pena, mas quando aparece uma que vale fazem de tudo para a tornar naquela mulher insegura e controladora que dizem que não gostam. Como é que alguém consegue sujeitar-se a estar (des)confortável quando pode ser estupidamente feliz? Lamento imenso que haja tanta gente mal resolvida que nem sabe se prefere azul ou verde como cor das cuecas, mas parem de tentar arrastar mulheres para a lama.
O que está por trás...
Por detrás daquele homem que todas amam estou eu. Sou mulher de um homem que deseja dezenas de mulheres e corpos. Sou-lhe por inteiro e ele sabe mas prefere fazer-me visitas mensais do que aceitar-me diariamente. Sou aquela que acredita que o amor só acontece uma vez na vida e por isso, mantenho-me sem afectos a outras pessoas. O homem que eu amo, ama-me mas isso não basta. Não basta o amor para tudo dar certo. O que ele quer não dá para conciliar com uma vida em conjunto. Sou a mulher que prefere tê-lo durante vinte minutos, numa entrega de suores e fluidos do que nunca o ter na vida inteira. Ele volta e quando volta, é sempre para mim. Sou a mulher mais mulher que ele tem, não pelo sexo, não pelo tempo mas pelo sentimento e ele é homem, o único homem que eu tenho. Eu provo-o em noites de chocolate quente e lareira e mesmo que sinta o perfume de mais alguém entranhado nas suas camisolas, eu não sei, mas vale sempre a pena o amor que sinto nos minutos velozes que passo com ele. Eu não quero saber onde passa o tempo livre, eu quero é ser o tempo livre que ele tenta arranjar no meio da confusão da vida dele, não quero ser um passatempo mas sim uma escolha. Ele escolhe-me cada vez que me diz que quer-me ver de novo, que a vida passa rápido. Ele escolhe-me, sabe o meu nome, conhece aquele sinal que está no meio das minhas costas, eu não quero saber em quem ele tropeça, nas mulheres que são alguém, um alguém sem nome para ele. Eu sou a mulher que elas invejam mas de quem têm pena. Sou aquela que consegue ter o que elas querem mas elas nunca conseguiriam aguentar tudo o que aguentei. Ele conhece-me, menos do que eu quero mas mais do que qualquer homem. Ele é tudo o que me disseram para deixar de lado na minha vida e eu sei que provavelmente não vamos ter futuro mas prefiro ter um presente agora, de vez em quando, do que um nada no eco do que poderia ter sido. Eu sou a que ele ama, a que melhor lhe conhece o corpo e não há prazer, sexo, orgasmos, cama e beijos melhores do que quem nos conhece melhor que ninguém. Sou a que ele guarda de lado mas que guarda para sempre, até ao dia que, sei lá, eu me canse ou que a vida nos canse de andarmos por aí, a nos entregarmos sem ele querer realmente desistir delas por mim. Até esse dia irei prometer-lhe, que serei a mulher que está por detrás do homem que todas amam.
29 janeiro, 2016
Esquecendo as frases correctas, as deprimências, os filmes que pintamos na cabeça desde novas, as nossas ideologias e vontades, não existe o homem certo. Eu tenho feito o trabalho de casa, namorei durante muito tempo, oiço as histórias e às vezes até me dói os pés por me lembrar dos caminhos pelos quais já andei. Faz parte da vida? Sim! Nem sempre as coisas vão correr bem! É impossível arranjar alguém que seja "certo" para nós. Com isto não quero dizer que não vais encontrar alguém que se encaixe em ti, porque aí talvez, esteja o segredo das coisas. O amor, o verdadeiro, permite-te muito mais que ver falhas e tropeços normais da vida. Vês mais além, e a tua capacidade de amar torna-se numa coisa completamente diferente da que já foi. Queria lá eu saber, de homens impecavelmente correctos, cheios de palavras bonitas e promessas bem feitas, se não é ao meu lado que está quando preciso. Encontrei normalidade dentro de algo tão fora de mão. E não há mal nenhum nisso. A vida consegue ser horrível. Às vezes as coisas não dão certo. Chega de vestir armaduras e ir à guerra por algo que sabemos, e nós sabemos, que não vai dar certo.
A vida é mais, muito mais, que nos perdemos em situações que não conseguimos passar para o real. Nem todas nós, fomos feitas para termos relações perfeitas. Quem me dera conseguir falar comigo mesma há uns tempos atrás, mas já não consigo. Nós não nascemos para sermos só mulheres de alguém. Não temos que ser nós, a lutar por relações, de merda. Aceita que nem tudo o que nos contaram se vai tornar realidade. Aceita os erros dos outros, acaba por nos curar a nós mesmos. Não para seres alguém melhor, mas porque faz parte da vida. Se o teu ex-namorado era uma merda, vê que também foste o mesmo para outras pessoas. Se te apaixonaste pela pessoa errada, pensa que talvez, a certa esteja ao teu lado. E se não estiver, o mundo é tão grande, que não vale a pena chorar por isso. A vida consegue nos surpreender, se pararmos de achar que as respostas estão todas em nós. Dá de ti a quem achas que devas dar, e mesmo que seja um erro, bem... Pelo menos tens bagagem em ti mesma.
A vida é mais, muito mais, que nos perdemos em situações que não conseguimos passar para o real. Nem todas nós, fomos feitas para termos relações perfeitas. Quem me dera conseguir falar comigo mesma há uns tempos atrás, mas já não consigo. Nós não nascemos para sermos só mulheres de alguém. Não temos que ser nós, a lutar por relações, de merda. Aceita que nem tudo o que nos contaram se vai tornar realidade. Aceita os erros dos outros, acaba por nos curar a nós mesmos. Não para seres alguém melhor, mas porque faz parte da vida. Se o teu ex-namorado era uma merda, vê que também foste o mesmo para outras pessoas. Se te apaixonaste pela pessoa errada, pensa que talvez, a certa esteja ao teu lado. E se não estiver, o mundo é tão grande, que não vale a pena chorar por isso. A vida consegue nos surpreender, se pararmos de achar que as respostas estão todas em nós. Dá de ti a quem achas que devas dar, e mesmo que seja um erro, bem... Pelo menos tens bagagem em ti mesma.
26 janeiro, 2016
Fantasmas
Quando pensamos que tudo está a melhorar, vêm aqueles fantasmas que nos deitam abaixo, assim como todas as hipóteses de darmos por construído o nosso final. Apercebemos-nos que é tempo para investir noutros materiais, e deitar fora os que já se sentem gastos. Damos conta que tudo, onde tínhamos depositado toda a força e energia, se apagou, como um sinal de não estar correcto. Perguntamos-nos a nós próprios, mas afinal, porquê agora? porque não conseguimos dar o próximo passo, e provar a toda a gente que conseguimos fazer uma coisa até ao fim? esses fantasmas são os nossos maiores amigos, porque nos ajudam a marcar o que realmente é importante para nós, e quando os atravessamos, é a melhor sensação do mundo.
24 janeiro, 2016
Não sei gostar de ti. Não sei olhar-te nos olhos sem os desviar passado segundos. Não sei dar-te a mão quando a tentas entrelaçar na minha. Não sei ser espontânea contigo. Não sei proferir versos quando me pedes que o faça. Não sei misturar a voz com a tua. Não sei quando devo estar contigo. Não sei quando me queres do teu lado. Mas só gosto de ti. Porquê? Não sei. Estou bem assim. E tu também.
A vida é como um navio. Percorre um longo percurso e em cada paragem, novas pessoas, situações, problemas e alegrias, entram e saem. Imensas experiências se passaram. E como "tudo o que vai, volta" tu voltaste. Aos poucos, fomos voltando ao que éramos. Mais que conhecidos. Amigos. Por entre piadas e frases sérias, tudo se compôs. Uma indirecta aqui, outra ali. Aparentávamos ser o oposto um do outro e a verdade, é que existiam duas terceiras pessoas na história. Mas elas também se foram. E nós seguimos. Dia após dia, semana após semana, mês após mês. Até ano após ano. Contra tudo e contra todos. E a nosso favor. Como quem não quer a coisa, dois anos se passaram. Mais um meses por aí. E agora meu amor? Voltaram a tirar-te do meu navio. Dói quando relembro que já cá não estás. Porque tu continuas comigo, mas relembro cada momento, como "Se o estivesse aqui" e, ainda que me orgulhe de tudo o que conto, bate forte cá dentro saber que não se vai repetir nada.
22 janeiro, 2016
E quero que saibas que escrevi todos os dias que te amei, não copiei nem colei. Mas tu nunca me amaste, nem de perto nem de longe, da mesma forma que eu o fiz. Se a nossa história de amor fosse contada, era o fim de um dia feio, em que tudo à volta continua o seu percurso natural, menos eu. E tu nem me vês, mas a rapariga que está sentada no sítio onde a deixaste, sou eu. Sim estou diferente. O tempo passou.. está claro, as feridas de certa forma arranjaram forma de se cicatrizar, mas a parte de mim que morreu, eu nunca mais a encontrei. O que há de errado connosco, para deixarmos alguém levar tanto de nós? Os anos passam e eu ainda me ponho à janela, na esperança que sejas tu a chegar no fim da rua em que viraste costas. Envelheci tanto nestes últimos anos, que já não sei quem sou. Fui ao funeral de mim mesma, matei-a e enterrei-a. E quando volto para vê-la, são só memórias. Se tivéssemos uma lápide, diria "Matou-se enquanto morria pela história de amor que nunca viveu".
Eu amei-te tanto. E o tanto talvez tenha sido demais, mas foi a única forma que soube de te amar.
Eu amei-te tanto. E o tanto talvez tenha sido demais, mas foi a única forma que soube de te amar.
19 janeiro, 2016
Hoje, não quero apaixonar-me por ti. Não quero sentir borboletas na barriga nem o espírito preso a alguém como tu. Não quero afixar os meus olhos, nem sorrir para ti. Não quero chorar por ti. Não quero chegar a casa e ter vontades súbitas de te enviar mensagens. Não quero escrever para ti. Não quero ler conversas antigas, nem observar fotografias do passado. Não quero associar-te a musicas. Não quero esperar por ti ao fim do dia. Não quero pensar em ti, nem no teu maldito feitio. Hoje, não quero saber de ti.
Amar por completo
Quando se ama, naquele exacto segundo em que se ama, tem de se acreditar que é para sempre. Mais: tem de se ter a certeza de que é para sempre. Amar, mesmo que por segundos, mesmo que por instantes, é para sempre. E é isso, essa sensação de segundos ou de minutos ou de dias ou de horas ou de anos ou meses, que é para sempre. Ama. Ama por inteiro. Ama sem nada pelo meio. Ama, ama, ama, ama. Ama. Porque é só por aquilo que te faz perder a respiração que vale a pena respirar.
08 janeiro, 2016
Sabes, eu normalmente acabo a chorar, acabo sempre de uma forma triste. Acabo a secar a almofada, que fica como uma desconhecida, apenas com as vagas memórias das histórias perdidas que se vão desenvolvendo para além dos sonhos, dos tais sonhos que me dão esperanças. Há-de sempre existir as tais histórias com futuros incertos, mas todo o destino é moldado, por isso há que viver o presente com a máxima força e pensar que amanhã será um novo dia, uma nova esperança a cresçer, uma esperança na realidade e não nos sonhos.
Desculpa-me
E sabes aquele para sempre que idealizamos para nós? Para nós os dois? O que iriamos tentar que durasse anos? Já não existe. Não entre e para nós. Esse «para sempre» ficou em stand-by. Ficou reservado para ti e outra pessoa que não eu. Afinal de contas, é a tua felicidade que importa. Porque eu já tenho a minha. Não completa, mas tenho.
Eu não sou uma miúda fácil. Tu próprio o disseste. Tu próprio o sabia. Eu imaginei, mas nunca pensei que acontecesse mesmo. E é isso que acontece com toda a gente. Imaginam, mas nunca pensam que vai mesmo acontecer. Mas acontece.
E com isto, termino a dizer que sou uma fraca. Uma fraca que não faz o que jura fazer.
Eu não sou uma miúda fácil. Tu próprio o disseste. Tu próprio o sabia. Eu imaginei, mas nunca pensei que acontecesse mesmo. E é isso que acontece com toda a gente. Imaginam, mas nunca pensam que vai mesmo acontecer. Mas acontece.
E com isto, termino a dizer que sou uma fraca. Uma fraca que não faz o que jura fazer.
Bem, não queria que fosse assim, com um aperto no coração que, a todos os momentos que te imagino ou que te vejo se apaixona. És alguém tão puro, que me mostra as melhores virtudes da vida, os melhores sorrisos, as melhores lágrimas. É complicado desfazer-me deste amor físico, deste amor que se prolonga mas que já partiu. Desculpa por todas as parvoíces que disse, por todas as vezes que querias jogar FIFA e eu queria ver filmes, por todas as noites que adormecia primeiro, por todos os jantares românticos que eras tu que fazias porque o cozinheiro eras tu, por todas as idealizações que nos levavam a debates e que tu sempre ganhavas. O nosso fim chegou, porque a vida tem destas coisas, porque a vida é mais bonita assim. Eu sei bem que podia continuar aqui a escrever-te, a relembrar-nos, a amar-te, mas a fraqueza aumenta. A minha caminhada está a terminar. Não te preocupes, eu estou bem e feliz. Não queimes as nossas fotos, guarda tudo o que é nosso, cumpre os teus sonhos, sê feliz e encontra outra pessoa que te ame tanto como eu. Sem mais nada, da tua pior dor de cabeça.
06 janeiro, 2016
Caminhos
Pisei cada pedra naquela rua com a esperança que elas trouxessem os teus passos para junto dos meus. Caminhei sozinha a espera que aparecesses assim do nada. Olhava de relance para cada esquina, talvez aparecesses numa delas. De súbito tudo na minha caminhada mudou. Conformei-me de que não vinhas, que andava a ser iludida pelos sonhos e pelos desejos. Apeteceu-me chorar, nunca me tinha sentido tão sozinha. Procurei em mim a força interior, para que fizesse-me levantar a cabeça e terminar a caminhada. Os meus passos eram arrastados muito devagar. O meu corpo era comandado pela angústia da minha alma. Não consegui chegar ao fim, sentei-me no primeiro banco da rua e desisti de caminhar. Desculpa por ser cobarde, mas todos nós somos, pelo menos uma vez na vida. Sinto-me possuída pela minha fraqueza, quero chorar, quero fechar os olhos e sentir-te comigo, sentir que não te perdi para sempre!
Dava tudo...
Dava tudo para ver a tua cara de otário ao entender que tudo o que escrevo é direccionado a ti. Dava tudo para perceberes que escrevi a nossa história sem nunca te ter mencionado. E então se sonhasses que tudo o que eu escrevo, e que tanto te irrita, são partes da nossa história espalhadas por blogs… São pedaços de nós! É a nossa vida que anda por aí espalhada, todos os textos que escrevo são nossos! Todos que os lêem se identificam, menos tu, claro, que nem sonhas que a nossa história de amor anda por aí a conquistar o mundo dos outros. É triste, eu sei, mas é a pura e dura realidade. Conquistámos pessoas, conquistámos corações, conquistámos uma nova vida. Mas, sem nos apercebermos destruímos a nossa vida. Era tudo tão bom, tudo tão fantástico! Acredita, descongelámos os corações mais duros e derretemos os mais moles! Conseguimos! Atingimos os sonhos dos outros! E os nossos? Por onde ficaram perdidos os nossos sonhos? Esses, andam por aí perdidos à procura de um novo rumo. Andam à espera que um outro sonhador, em qualquer parte, os encontre, os agarre e conquiste como nós não conseguimos. Nós desistimos, nós nunca tivemos a força de que precisámos, sempre nos deixámos enrolar pelos sonhos dos outros e, infelizmente, perdemo-nos. Tivemos o papel principal, mas perdemo-nos dentro desta teia de protagonismo. Acredito que tão breve não nos vamos reencontrar… Vamos continuar perdidos! Perdidos nos sonhos dos outros!
03 janeiro, 2016
Amor...
Amor não é flores, é molhar-me enquanto te protejo da chuva. Amor não é anéis, é tomar conta de ti quando estás doente. Amor não é poemas, é sorrir quando te vejo. Amor não é promessas, é amar-te todos os dias. O amor não se prova no altar, mas nos buracos da vida. Sejam felizes!
Passaram dias. Passaram meses. E quem disser que o tempo faz esquecer, engana-se. Vivemos na ilusão que haverá sempre outra oportunidade, que haverá uma nova chance para fazer os erros virarem certezas. Vivemos na expectativa que após um "adeus" esteja um "até breve" mesmo que se tenha dado mais que uma oportunidade. Mas quando é que se sabe que é a ultima? Quando os erros ultrapassam os sorrisos? Quando não há amor capaz de preencher os espaços de mágoa? Mas e o que fazer, quando há amor que é capaz de preencher todos os espaços que alguém deixou em branco após uma despedida? O que fazer quando mesmo depois de ter sido dado um passo atrás, se quer saltar para os braços de alguém? Os dias passam, os meses passam. E todo este espaço de dias, por vezes, me leva a crer que tu já não existes. Que não tenho saudades tuas ou que as tuas palavras ausentes já não mostram qualquer importância. Desculpa-me se às vezes parece que te esqueci, mas desculpa-me principalmente se às vezes ainda te lembro tanto. "É tudo uma questão de dias". Ou oportunidades, dizem eles. Talvez tenham razão, talvez haja um dia para nos esquecermos. Talvez haja uma oportunidade certa. Ainda te vejo aqui, mesmo que te tenha mandado embora da minha vida. Ainda te sinto aqui, mesmo que tenha pedido para nunca mais me tocares. Ainda há recuo nas nossas palavras, espaço entre os movimentos. Ainda há risos em simultâneo, silêncios constrangedores ou palavras sem qualquer pronuncia. O que fazer, quando os dias deram lugar a meses, e ainda dou por mim a escrever-te com "ainda"?
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